Escrito por: RBA
Sindicato dos Metroviários denuncia prática antissindical e convoca assembleia nesta quarta. “Governador age de maneira covarde e antidemocrática contra os trabalhadores”
Em nota, o Metrô informou que promoveu as demissões “em função de faltas graves durante a paralisação surpresa”. Assim, a companhia alega que a paralisação ocorreu sem aviso prévio, “privando a população de serviço essencial”.
A paralisação ocorreu como reação a uma série de advertências a trabalhadores que participaram da greve unificada contra as privatizações no último dia 3. Como resultado, os trens deixaram de trafegar nas linhas 1-Azul, 3-Vermelha e 15-Prata. Além das advertências, o Metrô passou a exigir que os trabalhadores assumissem outras funções que não as originais.
O Sindicato dos Metroviários de São Paulo classificou como “injustas” as demissões “em retaliação à poderosa luta” do dia 3. Nesse sentido, a entidade afirma que os cortes ocorreram sem nenhuma negociação em relação às advertências emitidas contra os trabalhadores.
“Entendemos que essa atitude intempestiva, arbitrária e antissindical é uma tentativa de enfraquecer uma categoria que está na linha de frente da luta contra o projeto do governador de privatizar todos os serviços públicos”, disse o sindicato, em nota.
“Em lugar de punir os responsáveis pelo caos diário nas linhas privadas, onde cai teto na cabeça das pessoas, trem anda com porta aberta, incêndio na Linha 8 e todo tipo de intercorrência que coloca a população em risco, o governador age de maneira covarde e antidemocrática contra os trabalhadores que lutam em defesa do transporte público”, acrescentam os metroviários.
Desse modo, a categoria convocou assembleia para esta quarta-feira (25), às 18h30, na sede do sindicato. O objetivo é “organizar a luta contra as demissões, privatizações e terceirizações”.