Escrito por: Redação CUT

Metroviários aceitam proposta de reposição da inflação e cancelam greve em São Paulo

Proposta negociada em audiência de conciliação realizada no TRT prevê reajuste 12,26% nos salários e nos vales refeição e alimentação

Reprodução/Sindicato dos MetroviáriosP

Por 1.398 (65,81%) votos favoráveis, 692 (32,58%) contrários (32,58%) e 34 (1,60%) abstenções os metroviários de São Paulo decidiram, nesta terça-feira (24) aprovar a proposta feita pela empresa de reajuste 12,26% nos salários e nos vales refeição e alimentação. 

Na assembleia que aprovou a proposta negociada em audiência de conciliação realizada no Tribunal Redgional do Trabalho (TRT), os metroviários de São Paulo votaram também pelo cancelamento da greve que estava previamente marcada esta quarta-feira (25).

“A proposta do Metrô não resolve o problema da injustiça salarial, mas representa um avanço rumo à equiparação”, afirmou a direção do Sindicato dos Metroviários de São Paulo por meio de nota publicada no site da entidade. A categoria reivindicava 20% de reajuste, conseguiu a reposição da inflação do último ano.

Pela proposta, o Metrô vai pagar dois steps (mecanismo de isonomia salarial).

O primeiro deles, referentes a 2020, será pago em 31 de agosto.

O outro, de 2021, em 31 de janeiro de 2023.

Cada step representa 5% de reajuste incorporados aos salários, explicam os Metroviários-SP.

“É preciso destacar que, no início das negociações, a empresa disse que não haveria proposta para a questão dos steps, diz o sindicato. 

Segundo a direção da entidade, a luta da categoria continua pela isonomia salarial, pagamento das participações nos resultados (PRs) e contra a terceirização e a privatização. 

Os metroviários são responsáveis pelas operações das linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata. As outras linhas que operam em São Paulo são administradas pela iniciativa privada.