Escrito por: Redação RBA
Trabalhadores decidiram tentar uma nova rodada de negociações , mediada pelo TRT, antes da greve contra a intransigência do governador paulista
Em assembleia realizada na noite desta terça-feira (30), os metroviários de São Paulo decidiram adiar a greve marcada para esta quarta (1º). Apesar da intransigência do Metrô e do governo João Doria (PSDB), a categoria atendeu a pedido do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) para realizar uma nova audiência de conciliação já nesta quarta-feira. Uma nova data de paralisação foi indicada para 8 de julho, caso não haja avanço nas negociações.
A mobilização é contra a negativa da empresa em prorrogar o acordo coletivo de trabalho (ACT) e a proposta de retirar vários direitos da categoria. Mesmo sem a conclusão da campanha salarial, o Metrô já aplicou os cortes e reduziu os recebimentos dos trabalhadores no pagamento feito esta semana.
Os metroviários não reivindicam reajuste salarial – apenas a manutenção do acordo firmado no ano passado. Esgotadas as negociações, resta o recurso da greve. O Metrô quer reduzir o adicional sobre as horas extras de 100% para 50% e o adicional noturno de 50% para 20%, eliminar o auxílio-transporte e o adicional de risco de vida dos trabalhadores de bilheterias e seguranças, reduzir a gratificação de férias de 70% do salário efetivo para 33% e a contribuição da empresa para o plano de saúde de 84% para 70% da mensalidade.
Em assembleia realizada na noite desta terça-feira (30), os metroviários de São Paulo decidiram adiar a greve marcada para esta quarta (1º). Apesar da intransigência do Metrô e do governo João Doria (PSDB), a categoria atendeu a pedido do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) para realizar uma nova audiência de conciliação já nesta quarta-feira. Uma nova data de paralisação foi indicada para 8 de julho, caso não haja avanço nas negociações.
A mobilização é contra a negativa da empresa em prorrogar o acordo coletivo de trabalho (ACT) e a proposta de retirar vários direitos da categoria. Mesmo sem a conclusão da campanha salarial, o Metrô já aplicou os cortes e reduziu os recebimentos dos trabalhadores no pagamento feito esta semana.
Os metroviários não reivindicam reajuste salarial – apenas a manutenção do acordo firmado no ano passado. Esgotadas as negociações, resta o recurso da greve. O Metrô quer reduzir o adicional sobre as horas extras de 100% para 50% e o adicional noturno de 50% para 20%, eliminar o auxílio-transporte e o adicional de risco de vida dos trabalhadores de bilheterias e seguranças, reduzir a gratificação de férias de 70% do salário efetivo para 33% e a contribuição da empresa para o plano de saúde de 84% para 70% da mensalidade.
Além disso, a companhia não propõe reajuste para salários e benefícios. E quer mudar novamente a data de pagamento, além de alterar ou mesmo retirar outros direitos previstos no acordo coletivo. Ao todo, 18 itens seriam retirados e os benefícios seriam reduzidos em outros 11, segundo a proposta do Metrô. A proposta de greve dos metroviários é contra esses cortes.
“O governo e a empresa se aproveitam da pandemia para atacar os metroviários, que é uma das categorias mais bem organizada do estado. Se der certo, vai aplicar isso aos demais trabalhadores. É um completo desrespeito com quem presta o melhor serviço público do estado. Quem opera o Metrô não é a direção, são os metroviários. Mas essa direção sequer dialoga com o sindicato”, afirmou o coordenador do Sindicato dos Metroviários Wagner Fajardo.
Sem acordo
Ontem (29), foi realizada reunião entre empresa e trabalhadores, mas o Metrô se mostrou intransigente. Na tarde desta terça-feira (30), metroviários e diretores da companhia se reuniram em audiência de conciliação no TRT-2, mas também não houve acordo. Os trabalhadores se encontram em estado de greve desde a última sexta (26) e vão se reunir novamente com a empresa amanhã, as 10h.
“Os metroviários são trabalhadores essenciais, não pararam durante a pandemia, prestando um serviço fundamental à população, especialmente para outras categorias essenciais no combate ao coronavírus. Por isso, estão mais expostos, cada dia mais são contaminados pelo vírus. Mesmo assim, Doria e o Metrô querem atacar os metroviários”, argumentam os trabalhadores.
A categoria lembra ainda que o governo Doria não garantiu sequer equipamentos de proteção individual (EPIs) aos funcionários para uso durante a pandemia, mesmo após várias denúncias e ações judiciais do Sindicato dos Metroviários. Logo que a reabertura do comércio e dos serviços foi autorizada por Doria, o Metrô convocou profissionais com mais de 60 anos para voltar ao trabalho.
O sindicato registrou 123 trabalhadores contaminados pelo coronavírus, outros 76 casos suspeitos e 83 afastados por contato. Até agora, um trabalhador que estava na ativa morreu.