Empresa retirou o adicional de risco de vida do setor da segurança. Nesta segunda-feira, a partir das 12h, haverá assembleia da categoria para avaliar o resultado da reunião e definir os rumos da mobilização
Os metroviários de Porto Alegre entraram em greve a partir da zero hora desta segunda-feira (8) contra o descumprimento do acordo coletivo e em defesa da Trensurb como empresa pública.
A paralisação foi confirmada em assembleia com a presença de cerca de 150 trabalhadores na tarde deste domingo (7). A decisão pela greve ocorreu em assembleia no dia 28 de abril.
Houve duas reuniões de mediação: uma na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) e outra no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-4). A Trensurb se manteve irredutível.
Foto: Sindicato dos Metroviários do RS
Desde abril, a empresa que ainda está sob gestão bolsonarista retirou o adicional de risco de vida do setor da segurança. A medida é arbitrária e antidemocrática, pois é uma conquista histórica da categoria, assegurada pelo acordo coletivo.
Havia a expectativa de avanço na garantia do restabelecimento do direito dos trabalhadores na reunião no TRT-4, mas isso não aconteceu.
Para a direção do Sindicato dos Metroviários, a greve “é nossa última alternativa após diversas outras formas de negociação e diálogo com a Trensurb e com o governo federal. O nosso futuro está em jogo. Nossos empregos e o serviço de qualidade que prestamos à sociedade gaúcha”.
“Sabemos que a concessão significa o aumento da tarifa e a piora do serviço essencial à população gaúcha. Exigimos uma ação imediata do governo federal para a retirada da Trensurb da lista de privatizações”, destaca o Sindicato.
Foto: Sindicato dos Metroviários do RS
O presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci, manifesta todo o apoio à paralisação dos metroviários. “Temos que lutar para garantir os nossos direitos e estamos juntos na luta contra o descumprimento do acordo coletivo e em defesa da Trensurb pública”.
Uma nova mediação no TRT-4 está agendada para as 10h desta segunda-feira. E às 12h está prevista nova assembleia dos metroviários para avaliar o resultado da reunião e definir os rumos da mobilização.
