Michelle e presidente da Caixa armaram esquema para liberar crédito para aliados
A denúncia foi feita pela revista Crusoé, que divulgou a lista de beneficiados. Freixo disse em postagem no Twitter que já pediu ao MPF para investigar esquema da mulher do presidente
Publicado: 01 Outubro, 2021 - 14h48 | Última modificação: 01 Outubro, 2021 - 15h18
Escrito por: Redação CUT
A primeira-dama Michelle Bolsonaro armou um esquema com o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães para ajudar aliados da família do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL) a ter preferência na obtenção de créditos emergenciais com juros baixos por meio do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).
A denúncia do esquema, que viola o princípio da impessoalidade ao dar preferência a pessoas específicas próximas da cúpula de poder, foi feita pela revista Crusoé, que divulgou a lista dos beneficiados. Confira na reprortagem "O balcão de Michelle".
O líder da minoria na Câmara dos Deputados, Marcelo Freixo (PSB-RJ), disse que já acionou o Ministério Público Federal (MPF) para que Michelle seja investigada por tráfico de influência.
“Acabo de acionar o MPF para que Michelle Bolsonaro seja investigada por tráfico de influência”, escreveu Freixo no Twitter.
“É corrupção por tudo quanto é lado!”, postou o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), também no Twitter.
Noutra postagem ele publicou uma imagem do e-mail interno em que a própria Caixa fala em um acerto entre a primeira-dama e o presidente da instituição financeira,Pedro Guimarães, para facilitar o acesso de empresas amigas aos financiamentos.
ESQUEMA DA MICHEQUE: Abaixo a imagem do e-mail que circulava na Caixa para favorecer empresas de amigos da senhora Bolsonaro. É corrupção por tudo quanto é lado! pic.twitter.com/JVRE6Z1Naz
— Paulo Pimenta (@DeputadoFederal) October 1, 2021
Sobre o esquema
De acordo com a reportagem da Crusoé, empresas interessadas procuraram por Michelle, que enviou as listas a Guimarães, que atendia a demanda imediatamente. As operações se deram em uma agência da Caixa na cidade de Taguatinga (DF).
O esquema foi descoberto no sistema de controle interno da Caixa, e chamou a atenção por fugir do procedimento normal de operações de crédito do banco.