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Militantes que iniciaram greve de fome são retirados do STF com truculência

O protesto por justiça para Lula na frente do Supremo Tribunal Federal foi interrompido por seguranças da Corte que obrigaram os militantes a sair do local. Houve empurrões e pelo menos três caíram no chão

Publicado: 31 Julho, 2018 - 19h31 | Última modificação: 08 Agosto, 2018 - 17h41

Escrito por: Redação CUT

Adilvane Spezia
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No primeiro dia da greve de fome pela liberdade do ex-presidente Lula, mantido preso político desde 7 de abril, na sede da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, os manifestantes foram até a porta do Supremo Tribunal Federal onde leram o texto de um manifesto que fala sobre os retrocessos sociais no Brasil, o sofrimento dos brasileiros e a atuação do Poder Judiciário no caso.

Após lerem o breve manifesto, os militantes que iniciaram a greve de fome foram retirados da frente do prédio por seguranças da Corte. Houve empurrões, e pelo três manifestantes caíram. Eles acusaram os seguranças de truculência.

Antes disso, um dos grevistas, o frei franciscano Sérgio Görgen, abriu oficialmente a greve de fome que só será encerrada quando Lula estiver em liberdade, prometeram os seis grevistas.

“Iniciada a greve de fome para que a justiça se restabeleça no Brasil”, disse o frei.

Segundo ele, os grevistas escolherão ainda nesta terça um lugar para ficar, "e todos os dias, daqui em diante, passarão algumas horas em frente ao Supremo".

Integrante, como o frei, do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), a militante Rafaela Alves, de Sergipe, acrescentou, enquanto caminhavam para sair do tribunal: “Lutamos porque ainda há fome e não podemos perder o pouco que a gente tem”.

Ativistas afirmam que só encerrarão movimento quando Lula estiver em liberdade. 

Rafaela e frei Sérgio estão acompanhados na greve de fome pelos militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) Jaime Amorim (Pernambuco), Zonália Santos (Rondônia) e Vilmar Pacífico (Paraná); e Luiz Gonzaga Silva, o Gegê (Paraíba), da Central de Movimentos Populares.

Eles voltaram a declarar que os membros do Judiciário serão responsáveis pelo que acontecer com os grevistas de fome. Frei Sérgio reafirmou que os principais responsáveis são os seis ministros que votaram contra o habeas corpus que poderia ter colocado Lula em liberdade: Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Luiz Fux e Rosa Weber.

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Leia a íntegra do manifesto:

Nós, militantes dos movimentos populares do campo e da cidade, ingressamos conscientemente na “Greve de Fome por Justiça no STF”, iniciada no dia 31 de Julho de 2018 em Brasília, por tempo indeterminado.

Nossa opção por esse gesto extremo de luta decorre da situação extrema na qual se encontra nossa Nação, com a fome e as epidemias retornando e o desemprego desgraçando a vida de nosso povo.

O que motiva nossa decisão é a dor e o sofrimento dos brasileiros e brasileiras.

Nossa determinação nasce também pelo fato de que o Poder Judiciário viola a Constituição e impede o povo de escolher pelo voto, soberanamente, o seu Presidente e o futuro do país.

Com informações da RBA.