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Ministério da Saúde pagou 29% mais caro por lote de máscaras KN95, diz jornal

Governo Bolsonaro pagou US$ 14,8 milhões a mais do que o preço pago por uma empresa privada na compra do mesmo produto e no mesmo período

Publicado: 20 Julho, 2021 - 13h16 | Última modificação: 20 Julho, 2021 - 13h28

Escrito por: Redação CUT

Reprodução
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Mais uma denúncia de corrupção abala as estruturas do Palácio do Planalto e do Ministério da Saúde, comandando por indicados pelo presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL), muitos deles já investigados por cobrança de propina e superfaturamento na compra da vacina indiana Covaxin e AstraZeneca. O próprio Bolsonaro está sendo investigado pela Polícia Federal por prevaricação porque teria sido avisado do esquema e nada fez.

A denúncia do dia foi publicada pelo UOL. De acordo com o colunista Thiago Herdy, máscaras do tipo KN95 adquiridas pelo ministério e distribuídas a profissionais na linha de frente de enfrentamento da Covid-19 custaram 29% mais ao governo brasileiro do que a uma empresa privada que as adquiriu na mesma época, do mesmo importador e do mesmo fornecedor.

O governo pagou US$ 66 milhões por 40 milhões de máscaras em abril do ano passado, quando poderia ter pago US$ 51,2 milhões, uma diferença de US$ 14,8 milhões, diz a reportagem.

De acordo com documentos obtidos pela reportagem, o governo pagou US$ 1,65 por máscara KN95, ou R$ 8,65, pela cotação no momento da compra, como revela o contrato assinado com a 356 Distribuidora, Importadora e Exportadora, representante no Brasil da empresa de Hong Kong Global Base Development HK Limited.

No mesmo mês, a mesma empresa importou 200 mil máscaras KN95 para um grupo privado, por US$ 1,28 cada, ou R$ 6,71.

Caso o mesmo preço tivesse sido ofertado pela 356 Distribuidora ao governo brasileiro, o país teria economizado US$ 0,37 (R$ 1,93) por máscara, ou US$ 14,8 milhões (R$ 77,5 milhões na cotação da época), se considerado o valor total da transação.

Confira aqui a íntegra da reportagem.