Ministros respondem à pauta do campo nesta quinta (25)
Encontro acontecerá na quadra dos bancários, em São Paulo, e mobilização começa na Sé
Publicado: 24 Junho, 2015 - 13h21 | Última modificação: 24 Junho, 2015 - 15h16
Escrito por: Fetraf
Nesta quinta-feira (25), na Quadra dos Bancários, no centro de São Paulo, às 14 horas, mais de 1.500 trabalhadores do campo estarão reunidos numa grande plenária para ouvir e discutir as respostas do governo Federal à pauta de reivindicação dos movimentos sindical e sociais do campo do estado de São Paulo. FAF/CUT-SP, MAB e MST reunirão dirigentes e lideranças de base para participar do encontro.
A devolutiva da demanda será feita pelos ministros do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, da Secretaria Geral da Presidência da República (SGPR), Miguel Rosseto, e de Direitos Humanos, Pepe Vargas. Participarão também a delegacia Federal do MDA de São Paulo e a Superintendência do INCRA.
Saiba Mais
A resposta do governo é fruto da articulação dos movimentos que em março empreenderam uma luta unificada em todo o país pelos direitos dos trabalhadores do campo e em defesa de um projeto popular.
Na capital paulista, uma manifestação incluiu uma marcha pela Avenida Paulista, e a ocupação do gabinete da Secretaria Geral da Presidência da República, os movimentos apresentaram o documento com as reivindicações e solicitaram a abertura do diálogo com os ministérios e órgãos afins para atendimento da pauta.
No final do mês de maio, no auditório do Ministério do Desenvolvimento Agrário em São Paulo, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) e a Coordenação dos Movimentos Sociais do Campo e Territórios da Secretaria Geral da Presidência da República, iniciaram as tratativas com os movimentos.
Ato contra o desgoverno
Durante a manhã os trabalhadores do campo farão ato para denunciar a forma como o governo do estado de São Paulo trata as questões do campo.
Há um descontentamento generalizado com as práticas do governo, dentre elas, o fato do orçamento da agricultura representar 0,59% do orçamento total do Estado; a falta de investimento ao longo dos anos em obras de reservação e preservação da água, redução de perdas e reuso, o que fez com que São Paulo enfrentasse a maior crise hídrica dos últimos 80 anos; o corte do aporte para as obras do Programa Nacional de Habitação Rural; a invisibilidade a qual condena a população do campo, sejam agricultores familiares tradicionais ou de comunidades tradicionais com a falta de regularização fundiária que torna a cada vez mais distantes o acesso às políticas púbicas que possam gerar renda e melhoria de vida.
Para protestar contra essas e outras ações que se caracterizam como desserviço do governo do estado de São Paulo, os trabalhadores do campo estarão concentrados na Praça da Sé, às 9h30, também na quinta.