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Mobilização leva 70 mil às ruas de Goiânia na Greve Geral

Durante toda a manhã, uma multidão protestou cntra as reformas de Temer.

Publicado: 30 Abril, 2017 - 01h10 | Última modificação: 02 Maio, 2017 - 01h38

Escrito por: Maisa Lima / CUT-GO com Redação CUT

Foto: Reprodução / G1
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A Greve Geral deste 28 de abril se transformou na maior manifestação que Goiânia já viveu. A mobilização convocada pelas centrais sindicais contra as reformas do governo de Michel Temer – Previdência, Trabalhista e Terceirização Irrestrita – levou cerca de 70 mil pessoas às ruas da capital goiana.

A concentração começou às 8 horas, em frente à Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), com lideranças dos movimentos sociais e sindical se revezando ao microfone, explicando as mazelas que estão se abatendo sobre a classe trabalhadora desde o golpe contra a presidenta Dilma Roussef.

Logo a Alameda dos Buritis ficou tomada pelo povo e a manifestação ocupou as ruas do Centro de Goiânia, concentrando-se na Praça do Bandeirante. Apesar do longo trajeto e da quantidade de pessoas, ninguém arredou pé da Avenida Goiás. O ato foi encerrado por volta das 12h30, com a cantora Maíra interpretando o Hino Nacional à capela. Não teve quem não se emocionasse.

Deputados traidores

Os manifestantes levavam cartazes com palavra de ordem contra as reformas e muitos mostravam a cara dos deputados que trairam a classe trabalhadora, votando a favor da Reforma Trabalhista.

“Uma característica importante dessa mobilização foi a unificação de todas as centrais sindicais. Somente essa unidade de ação poderá estancar a devastação que o governo golpista de Michel Temer está patrocinando contra os direitos da classe trabalhadora”, pontuou o presidente da CUT Goiás, Mauro Rubem.

Agressão criminosa da PM

No meio da manifestação, uma agressão covarde de um PM feriu gravemente o estudante universitário Mateus Ferreira da Silva, de 33 anos. Internado em Goiânia, Mateus passou por uma cirurgia de 4 horas para reparação dos ossos frontais da face, fraturados e afundados pelo golpe de cassetete do PM. Segundo boletim médico divulgado pelo Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), onde o estudante está internado, seu estado de saúde é grave. Ele permanece sedado e intubado. Por meio de uma rede social, amigos começaram uma campanha para arrecadar fundos para custear a internação do estudante.

Mateus participava da amnifestação da Greve Geral no começo da tarde da sexta-feira (28/04), em frente a Assembleia Legislativa de Goiás, quando foi atacado de surpresa pelo policial, sem chance de se defender. O vídeo que mostra o momento da agressão foi compartilhado em redes sociais.