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Mobilização em defesa de eleições livres tomará as ruas de todo o país no dia 11

Nas capitais e no interior, CUT, centrais, movimentos sociais e partidos organizam atos contra golpismo de Bolsonaro, que, empacado nas pesquisas de intenções de voto, ataca sistema eleitoral brasileiro

Publicado: 03 Agosto, 2022 - 12h28 | Última modificação: 04 Agosto, 2022 - 11h11

Escrito por: Andre Accarini | Editado por: Marize Muniz

Arte: Edson Rimonatto/CUT
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A mobilização nacional em defesa da democracia, do sistema eleitoral brasileiro e por eleições livres marcada para o dia 11 de agosto está sendo organizada em todo o país e em várias cidades já tem atos confirmados. Outros locais serão divulgados ao longo dos próximos dias, à medida em que forem definidos pelos organizadores.

A CUT, demais centrais, movimentos sociais e partidos políticos já marcaram atos em várias capitaisbrasileiras. Veja abaixo.

É a sociedade se unindo para conter à escalada golpista do presidente Jair Bolsonaro (PL), que ataca sistema eleitoral brasileiro, ministros das cortes superiores e coloca em dúvida a segurança das urnas eletrônicas.

Os ataques de Bolsonaro ficam mais virulentos a cada pesquisa de intenções de voto divulgada. Ele está empacado em segundo lugar, bem distante do ex-presidente Lula (PT), o primeiro colocado, e já disse que não vai aceitar o resultado das eleições.

Confira onde já tem ato marcado:

Em São Paulo

Ás 11h, será lida a Carta às brasileiras e brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito, na faculdade de Direito da USP.

Leia mais: Carta aos brasileiros em defesa da democracia já tem mais de 770 mil adesões

Também em São Paulo, às 9h e às 17h, atos de massa serão realizados em frente ao Masp, na Avenida Paulista. 

No Distrito Federal – às 15h, tem ato no  Congresso Nacional.

  • Amazonas

Manaus – Praça da Saudade, às 15h

  • Bahia

Salvador – Praça do Campo Grande, às 9h

  • Ceará

Fortaleza – Praça da Bandeira, às 9h; Getntilândia, às 16h; e Casa do Estdante, às 19h

  • Goiás

Goiânia – Praça Universitária, às 17h

  • Maranhão

São Luiz – Praça Deodoro, às 16h

  • Mato Grosso do Sul

Campo Grande – Câmara Municipal, às 10h

  • Minas Gerais

Belo Horizonte – Praça Afonso Arinos, às 17h

  • Paraíba

João Pessoa – Lyceu Paraibano, às 14h

  • Paraná

Curitiba – Praça Santos Andrade, às 15h30

  • Pernambuco

Recife – Rua da Aurora, às 15h

  • Rio de Janeiro

Rio de Janeiro – Candelário, às 16h

  • Rio Grande do Norte

Natal – Midway Mall, às 14h30

  • Santa Catarina

Florianópolis - Auditório da Reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), às 10h

 

Data histórica

O dia 11 de agosto será uma data emblemática na história do país. A “Mobilização nacional em defesa da democracia e por eleições livres”, organizada pela CUT, centrais sindicais, movimentos populares, partidos políticos, estudantes e outras entidades da sociedade civil será a resposta da sociedade à escalada golpista do o presidente Jair Bolsonaro (PL), que de acordo todas as pesquisas de intenção de voto apontam sua derrota nas eleições 2022, inclusive com possiblidade de real de acontecer já no primeiro turno.

“O dia 11 de agosto está sendo pensando como um grande dia em que a sociedade marcará sua posição definitiva contra qualquer tipo de golpe neste país. A grande maioria da população confia no nosso sistema eleitoral e sabe que é principal instrumento para a nossa democracia”, afirma o secretário-adjunto de Políticas Sociais da CUT, Milton Rezende, o Miltinho, citando a mais recente pesquisa Datafolha que mostra que 79% dos brasileiros “confiam muito” nas urnas eletrônicas.

Ele destaca ainda a importância da data por não somente sem um dia em que novamente as manifestações de rua darão o tom da luta pela defesa da democracia, mas também pelos dois manifestos que simbolizarão a contrariedade dos mais diversos setores da sociedade aos ataques ao sistema eleitoral, as urnas eletrônicas.

“O manifesto da USP é histórico. Tem apoio de toda a sociedade, dos trabalhadores aos banqueiros e será lido neste dia. A CUT estará lá, participando deste ato. E além dele, o manifesto que foi feito pela Fiesp [Federação das Indústrias do Estado de SP] que mostra a preocupação também do setor empresarial com o futuro do país”, diz Miltinho.

Em princípio, na data, 11 de agosto, seria realizada uma manifestação da classe estudantil, mas a gravidade do momento, de ataques constantes e severos às instituições democráticas e ao sistema eleitoral brasileiro, requer a união de toda a sociedade.

No mais recente episódio, nesta terça-feira (2), Bolsonaro fez acusações ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, chamando-o de criminoso, e o acusando de ter feito articulações para que a proposta do voto impresso não fosse passasse na Câmara dos Deputados. No mesmo dia também desferiu ataques os ministros da corte máxima, Alexandre de Morais e Luiz Fux e convocou atos antidemocráticos para o dia 7 de setembro. No ano passado, o Dia da Independência foi usado por Bolsonaro para ameaças golpistas à democracia brasileira.

A mobilização em defesa de democracia será permanente. Além dos dias 11 e 13 de agosto, no dia 7 de Setembro movimentos sociais voltam às ruas no tradicional Grito dos Excluídos. Três dias depois, o dia 10, CUT, centrais, movimentos populares e partidos políticos além de outras entidades da sociedade civil estarão nas ruas novamente em defesa da democracia, de eleições livres e contra a violência política.

Ainda nesta jornada pela democracia, o dia 13 de agosto as mulheres da CUT, centrais sindicais e movimentos sociais, vão às ruas de todo o país para, além de reforças a defesa de eleições livres, lutar contra a fome, a miséria, a reforma Trabalhista e contra a violência contra a mulher. Elas vão denunciar os desmontes promovidos nos últimos anos que impactaram de forma mais profunda o segmento.