Escrito por: Gabriella Braga | CUT-GO
Sindsaúde-GO esteve na Casa para reivindicar a convocação dos aprovados no concurso público, em defesa do SUS e contra a proposta de privatização da gestão de unidades municipais de saúde
O Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde de Goiás (Sindsaúde-GO) promoveu, na manhã desta quarta-feira (20), uma mobilização na Câmara Municipal de Goiânia para cobrar pela convocação dos aprovados no concurso público, em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) público, e contra a privatização das unidades de saúde da capital.
A reação ocorre pois, em agosto deste ano, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) firmou contrato, sem licitação, com a empresa paulista Planisa Planejamento e Organização de Instituições de Saúde para fazer estudos com o intuito de fazer a terceirização da gestão dos Cais, UPAs, CSFs e demais locais. A tentativa de privatização, por outro lado, não é de agora.
“Na gestão da secretária municipal Fátima Mrué (2017-2020), ela também quis implantar as organizações sociais, as terceirizações. Levou essa pauta pro Conselho Municipal de Saúde e ela foi rejeitada, inclusive tem resolução contrária ao modelo. E a vontade popular das conferências de saúde, seja no âmbito municipal, regional, estadual ou nacional, é contrária a qualquer privatização do SUS e à entrada de organizações sociais ou qualquer modelo que privatize”, explica a secretária de Políticas Sociais e Direitos Humanos da CUT-GO e diretora do Sindsaúde-GO, Flaviana Alves.
A mobilização também marcou presença na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), por onde passa o Projeto de Lei 300/2023, que prorroga o contrato de temporários de dois para quatro anos. Aprovados no concurso cobram a convocação. O projeto, no entanto, não foi colocado em pauta nesta reunião.
De mais de 1,2 mil aprovados, até o momento, menos de 800 foram convocados pela administração municipal. O diretor do Sindsaúde-GO e da CUT-GO, Ricardo Manzi, relembra que o último levantamento do Dieese do Sindsaúde-GO aponta que são mais de 3 mil contratos temporários precarizados.
"É significativo o deficit de servidores em Goiânia frente as demandas da população, principalmente na área da saúde. Não podemos permitir que aqueles já aprovados em concurso sejam substituídos por cargos temporários, é uma questão de injustiça que também prejudica os serviços oferecidos pelo município", explica Bruna Isecke, diretora do Sindsaúde-GO.
*Com Sindsaúde-GO