MENU

Morre aos 55 anos Freddy Rincón, ídolo do Corinthians e da Colômbia

Rincón estava internado desde segunda-feira, após sofre grave acidente de carro na Colômbia

Publicado: 14 Abril, 2022 - 15h17 | Última modificação: 14 Abril, 2022 - 15h32

Escrito por: Redação RBA

Reprodução
notice

Morreu no fim da noite desta quarta-feira em Cali (já início da madrugada de quinta, 14, no Brasil) o colombiano Freddy Rincón. Aos 55 anos o ex-jogador estava internado desde segunda-feira (11) de abril depois de sofrer grave acidente de carro em Cali, na Colômbia.

Ídolo de clubes e da seleção de seu país, Rincón chegou ao futebol brasileiro sendo campeão paulista pelo Palmeiras em 1994, trazido pelo técnico Vanderlei Luxemburgo, e depois em 1996. Mas acabou se tornando ídolo do Corinthians a partir de 1997, onde foi bicampeão brasileiro (1998-1999) e ganhou o Mundial de Clubes da Fifa em 2000. Além disso, teve passagens por Santos e Cruzeiro no futebol brasileiro.

Segundo boletins médicos divulgados horas depois do acidente envolvendo seu carro e um ônibus, o ex-jogador sofreu um trauma cranioencefálico severo e estava internado em estado grave em uma UTI. Ele chegou a passar por cirurgias, mas não resistiu.

“Me faltou ser branco”

Rincón começou a carreira em 1985 em um clube pequeno de sua cidade natal, Atlético Buenaventura, aos 20 anos. Depois passou por  Tolima, Independiente Santa Fé e América de Cali, onde ficou até 1993. Depois de se destacar na seleção de seu país, se transferiu para o Palmeiras em 1994.

Pela Colômbia, jogou no time que encantou o mundo com seu toque de bola envolvente, combinado classe e velocidade. O gol marcado contra a Alemanha na Copa de 1990, ainda na fase de grupos, empate por 1 a 1, é um dos mais compartilhados nas redes sociais.

Depois do Real, Rincón voltou ao Palmeiras de Luxemburgo, em 1996. Mas trocou o Alviverde pelo arquirrival Corinthians em 1997, onde fez história. Foi capitão do título do Mundial de Clubes da Fifa em 2000, além de conquistar o Campeonato Brasileiro nos dois anos anteriores e o Paulista de 1999. Rincón ainda passou por Santos e Cruzeiro antes de encerrar a carreira novamente no Corinthians em 2004, aos 37 anos. Tentou também atuar como treinador, mas não se firmou.

Onde jogou

  • Atlético Buenaventura
  • Tolima
  • Independiente
  • América de Cali
  • Seleção colombiana
  • Palmeiras
  • Napoli
  • Real Madrid
  • Palmeiras
  • Corinthians
  • Santos
  • Cruzeiro
  • Corinthians

Clubes que treinou

  • Iraty
  • São Bento
  • São José
  • Corinthians Sub-20
  • Atlético Mineiro (auxiliar técnico)
  • Flamengo-SP

Ídolo nacional

A seleção da Colômbia na década de 90 tinha como base a equipe do Atlético Nacional, que conquistou a Libertadores de 1989. Porém, Rincón era um dos titulares que atuaram por outro clube na época, o América de Cali. No início do comando do técnico Francisco Maturana na seleção, Rincón atuava como atacante. Além do meia, a seleção da Colômbia contava com grandes jogadores como Valderrama, Higuita, Asprilla, Valencia e Aristizábal.

Após a Copa de 90, Rincón seguiu no grupo da seleção colombiana que ficou em quarto lugar na Copa América de 1991, e em terceiro na Copa América de 1993 – ano em que a Colômbia chegou ao auge. Os colombianos fizeram um bom ano em 1993 e, na última rodada, precisavam de uma vitória contra a Argentina, que também não estava garantida na Copa do Mundo de 1994. O confronto contra a seleção de Batistuta e Simeone é um dos episódios mais lembrados da Colômbia da década de 90.

O time de Rincón goleou a Argentina por 5 a 0 em Buenos Aires e tornou-se um dos favoritos da Copa de 1994, nos Estados Unidos. Mas decepcionou, perdendo na estreia por 3 a 1 para a Romênia de Gheorghe Hag. Em seguida perdeu a vaga para a fase seguinte já no segundo jogo, após derrota para os EUA por 2 a 1. Nesta partida, o zagueiro colombiano Escobar fez um gol contra, razão pela qual teria sido assassinado ao retornar a Medelín.

Com informações do Lance