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Morte de homem negro pela polícia gera revolta e protestos se espalham nos EUA

Governador de Minessota pediu que assassinato de George Floyd mude a justiça do país. Nesta sexta-feira (29) houve prisão de jornalista negro da CNN

Publicado: 29 Maio, 2020 - 14h36 | Última modificação: 29 Maio, 2020 - 14h55

Escrito por: Redação RBA

Unicorn Riot/Twitter
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A cidade de Minneapolis, nos Estados Unidos, teve a terceiro noite consecutiva de protestos, nesta quinta-feira (28), pelo assassinato do segurança negro George Floyd, asfixiado por um policial branco durante abordagem. Os pedidos por justiça resultaram em ataques a uma delegacia de polícia que há muito tempo é acusada de racismo contra os afro-americanos. Durante a manifestação, a 3ª Delegacia de Polícia de Minneapolis foi invadida e incendiada.

O repórter negro Omar Jimenez, da CNN, foi detido pela polícia enquanto fazia uma transmissão ao vivo do local dos protestos. A emissora relata que o câmera e o produtor que o acompanhavam também foram algemados. Entretanto, outra equipe de jornalistas brancos do canal cobria outro ponto da manifestação e não foi detida.

Floyd foi abordado saindo de um supermercado. Um policial se ajoelhou em seu pescoço por quase dez minutos, enquanto ele se queixava dizendo não conseguir respirar. George ficou inconsciente, foi levado por uma ambulância, mas declarado morto ao chegar no hospital.

Guarda Nacional

O governador de Minnesota, Tim Walz, solicitou a ajuda da Guarda Nacional para controlar os protestos em Minneapolis. Por outro lado, o chefe de Estado afirmou que o caso de Floyd deve ser um exemplo para mudar o sistema de justiça do país.

“É hora de reconstruir. Reconstrua a cidade, reconstrua nosso sistema de justiça e reconstrua a relação entre a aplicação da lei e as pessoas encarregadas de proteger. A morte de George Floyd deve levar à justiça e mudança sistêmica, não a mais morte e destruição”, disse Walz.

Nesta sexta-feira (29), o presidente Donald Trump afirmou que enviará a Guarda Nacional ao estado. Porém, ele deixou uma mensagem que endossa a violência policial na região, na qual promete um “tiroteio”.

“Esses bandidos estão desonrando a memória de George Floyd, e eu não deixarei isso acontecer. Acabei de falar com o governador Tim Walz e lhe disse que o Exército está com ele. Qualquer dificuldade e nós assumiremos o controle, mas, quando o saque começar, o tiroteio começará. Obrigado!”, afirmou Trump.

O Twitter marcou a mensagem do presidente como “violenta”, e embora considere que o tuíte infringe suas regras, a rede social decidiu que o texto não será removido por ser de interesse público.

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