Escrito por: Opera Mundi
O caso apareceu em reportagens do New York Times, do Washington Post e do britânico The Guardian. Em Portugal, terá vigília em homenagem à parlamentar
O assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), ocorrido na noite desta quarta-feira (14), no Rio de Janeiro, repercutiu nos principais jornais do mundo. Veículos de Estados Unidos, Reino Unido e Venezuela destacaram a morte da parlamentar e sua biografia. O motorista Anderson Pedro Gomes, de 39 anos, que dirigia o carro em que foram abordados, também foi executado.
O caso apareceu em reportagens do New York Times, do Washington Post e da emissora ABC. "Um membro da Câmara da cidade e seu motorista foram mortos a tiros por dois assaltantes não identificados em uma rua no centro, no Rio de Janeiro, a segunda maior cidade do Brasil, onde militares foram convocados há um mês após uma onda de violência", diz o texto, que tem como origem a agência Associated Press.
Já a emissora multiestatal venezuelana teleSUR lembrou que Marielle era uma das vozes mais "combativas contra a ocupação militar das favelas do Rio de Janeiro". "Um dia antes de seu assassinato, a jovem socióloga havia denunciado a ação brutal e os contínuos abusos de direitos humanos por parte do exército na região de Irajá, na comunidade de Acari", relata.
O britânico The Guardian ressalta que Marielle era ativista e especialista na análise de violência da PM. Além disso, o jornal reforça que a vereadora chegou a acusar os policiais de serem agressivos ao abordar os moradores das favelas do Rio. "Marielle Franco, vereadora e crítica da polícia, é executada a tiros no Rio", diz o título da matéria.
O jornal peruano El Comercio, por sua vez, relatou o crime e ressaltou que a vereadora era crítica da intervenção federal na Segurança Pública do estado.
Já o veículo português Esquerda.net afirmou que o Movimento Feminista 'Por Todas Nós' vai organizar uma vigília em Lisboa para homenagear Marielle, o que deve ocorrer no próximo dia 19.
A Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil manifestou consternação com o assassinato da defensora dos direitos humanos. Em nota, a entidade diz que espera rigor na investigação do caso e breve elucidação, com responsabilização pela autoria do crime. "Quinta vereadora mais votada nas eleições municipais de 2016, Marielle era um dos marcos da renovação da participação política das mulheres, diferenciando-se pelo caráter progressista em assuntos sociais no contexto da responsabilidade do Poder Legislativo local", afirma a organização na nota.
Marielle, 38 anos, estava dentro de um carro no bairro de Estácio, centro da capital fluminense, quando criminosos emparelharam o veículo e abriram fogo. Foram disparados ao menos oito tiros contra o Chevrolet Agile. O motorista do automóvel onde estava a carioca, Anderson Pedro Gomes, também morreu. Os autores dos disparos não levaram nada.