Mortes na Turquia e na Síria já passam de 22 mil e ONU diz que pode chegar a 40 mil
Até esta sexta-feira, 18.991 pessoas já haviam morrido na Turquia e mais de 3.377 na Síria. Mais de 70 mil estão feridas nos dois países e milhares ainda estão desaparecidas
Publicado: 10 Fevereiro, 2023 - 11h55 | Última modificação: 10 Fevereiro, 2023 - 11h58
Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz
O número de vítimas fatais do terremoto de magnitude 7,8 na escala Richert, que atingiu o sul da Turquia e o norte da Síria na madrugada de segunda-feira (6), já passa de 22 mil e o total de pessoas mortas pode chegar a 40 mil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Se a previsão da OMS for confirmada, esse será o terremoto mais mortal na Turquia, ultrapassando o de 1939, quando 33 mil pessoas morreram.
Nesta sexta-feira (10), foram confirmadas 22.368 mortes nos dois países - 18.991 na Turquia e mais de 3.377 na Síria, de acordo com balanços feitos pelos governos locais e por grupos de resgate.
Milhares de pessoas ainda estão desaparecidas, e mais de 70 mil ficaram feridas pelas consequências do terremoto que durou cerca de um minuto e meio e teve um raio de alcance de 250 quilômetros, atingindo centenas de municípios.
O tremor também foi sentido em Israel, no Iraque, no Chipre e no Líbano, mas nesses países não há registro de vítimas.
ONU na Síria
Nesta quinta (9), um comboio de ajuda da Organização das Nações Unidas (ONU) chegou à Síria pela primeira vez desde os tremores. Seis caminhões atravessaram a passagem de fronteira Bab Al Hawa, corredor de ajuda humanitária entre Turquia e Síria.
De acordo com informações da CNN, os veículos levaram colchões, cobertores, lençóis de plástico, recipientes para água, utensílios de cozinha e kits de higiene.
O terremoto agravou a situação de milhões de sírios que ainda residem em seu país e de muitos que emigraram para fugir da guerra civil contra o regime ditatorial de Bashar al-Assad que já dura 12 anos.
Dos mais de 5,4 milhões de refugiados, 64% buscaram refúgio na Turquia e ao menos 6,8 milhões se deslocaram internamente. A maioria vivia no epicentro do terremoto.
Para piorar, a população enfrenta este ano um dos piores invernos já registrados na história do país.
Segundo a ONU, “a capacidade de sobrevivência dos sírios foi ainda mais prejudicada pela contínua deterioração da situação socioeconômica, marcada pela desvalorização da libra síria e pela crise energética."