Escrito por: Rosely Rocha
Categoria reivindica que o valor das corridas seja de ao menos R$ 10 (hoje fica em torno de R$ 6), aumento do valor pago pelo quilômetro rodado e redução do percentual das corridas descontado pelas empresas
Motoristas dos aplicativos Uber e 99 iniciaram uma paralisação de 24 horas por volta das quatro da manhã desta segunda-feira (15), em todo o país, em protesto pela baixa remuneração das corridas.
Pela manhã houve um protesto em frente ao Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com cerca de 40 motoristas que depois do ato seguiram em carreata até o prédio da Uber, no centro da cidade, Policiais militares e agentes da Guarda Municipal acompanharam os manifestantes. A convocação para a greve foi feita pelo Sindicato dos Prestadores de Serviço por Aplicativo do Rio (SindMobi) e pela Associação de Motoristas de Aplicativos de São Paulo (Amasp)
Na capital paulista os motoristas devem fazer uma manifestação, mas o local e o horário ainda não foram divulgados. Segundo o presidente da Amasp, Eduardo Lima de Souza, o Duda, embora não houvesse a pretensão de atingir os 189 mil motoristas por aplicativos que atuam em São Paulo, a adesão foi em bom número.
“Muitos motoristas sequer sabem da paralisação, mas ela está dentro das expectativas porque tem um percentual pequeno de motoristas que trabalham apenas com aplicativos, a grande maioria faz do aplicativo uma segunda fonte de renda, e o nosso foco foi naqueles que precisam dos aplicativos para viver”, explica Duda.
Mas, ainda segundo ele, a paralisação, que chama de “day off” (dia livre em inglês), teve uma boa adesão que pôde ser mensurada pelo valor das corridas. Um percurso que sairia por R$10 chegou a R$ 39,90 em algumas regiões da cidade no horário da manhã.
Reivindicações
A categoria reivindica que o valor das corridas seja de ao menos R$ 10 (hoje fica em torno de R$ 6), aumento do valor pago pelo quilômetro rodado e redução do percentual das corridas descontado pelas empresas. O desconto hoje oscila entre 40% a 60%.
Duda explica que a tarifa de desconto, a dinâmica, que fica com a empresa era de 25% sobre o valor de cada corrida. Se ela fosse de R$ 100, a empresa ficava com R$ 25 e o motorista com R$ 75. Hoje ela aumentou muito e as plataformas podem ficar até com 60% do que ganha o motorista.
“A empresa fica com a maior parte e quem paga a mais é o passageiro e quem trabalha fica com menos”, critica.
Os motoristas querem ainda a cobrança de um adicional para cada parada solicitada pelo passageiro durante uma corrida, além de segurança para trabalhar e fim dos banimentos da plataforma sem justificativa.
Com informações do Extra Classe