Escrito por: Redação CUT

Motoristas de ônibus de SP estão em greve por reajuste salarial

A paralisação seguirá até o julgamento do dissídio da greve que foi marcado pelo Tribunal Regional de Trabalho (TRT) para às 15h desta quarta-feira (15)

Sindimotoristas

Em greve por reajuste salarial, os motoristas e cobradores de ônibus da cidade de São Paulo estão parados desde a meia noite nesta terça-feira (14). A previsão é de que a paralisação seguirá até o julgamento do dissídio da greve que foi marcado pelo Tribunal Regional de Trabalho (TRT) para às 15h desta quarta-feira (15), mas a categoria vai realizar uma reunião às 15h de hoje para discutir reivindicações e determinar se a greve continua.

A categoria está respeitando as medidas determinadas na liminar expedida pelo TRT de manter o mínimo de veículos cirulando, de acordo com nota publicada no site do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindmotoristas). A ordem judicial determina que a categoria mantenha 80% da frota operando nos horários de pico, entre 6h e 9h, e 60% no resto do dia, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. 

Por isso, a paralisação não é total, há veículos circulando pela cidade, principalmente os que integram o sistema complementar que fazem itinerários nas adjacências dos terminais e linhas de trem, por exemplo, mas alguns terminais estão sem nenhum ônibus.

“Nessa paralisação, estamos evidenciando a importância dos motoristas, cobradores e profissionais do setor de manutenção para o funcionamento da maior cidade da América Latina. Os patrões precisam reconhecer a essencialidade da categoria para o dia a dia de São Paulo”, afirmou o presidente em exercício do Sindmotoristas, Valmir Santana da Paz, conhecido como Sorriso. Oficialmente, diz ele, ainda não houve nenhuma manifestação do setor patronal.

Segundo a SPTrans, a paralisação afeta 713 das 1.200 linhas e 6,5 mil ônibus, que transportariam 1,5 milhão de passageiros nas primeiras horas da manhã. Antes disso, ao longo da madrugada, apenas 46 das 150 linhas de ônibus noturno que operam na cidade funcionaram normalmente. A Prefeitura de São Paulo suspendeu o rodízio de carros.

Parou por quê?

Os motoristas e cobradores decidiram entrar em greve após rejeitar contraproposta de reajuste salarial oferecida pelas empresas do setor. As empresas queriam aplicar somente em outubro o reajuste de 12,47% revindicado pelos trabalhadores para repor a infalação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) na data-base, que é em 1º de maio.

As negociações entre o Sindmotoristas e o sindicato patronal  - Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo  (SPUrbanuss) - comemçaram e março, mas os empresários só chegaram ao índice reivindicado pelos motoristas e cobradores na  audiência de conciliação realizada nesta segunda (13), mediada pelo desembargador Davi Furtado Meirelles. Antes queria reajustar os salários em 10% de forma parcelada. A nova proposta foi reajeitada em assembleia porque valeria apenas a partir de outubbro.

Situação nos terminais

No Terminal Campo Limpo, um dos que integram o sistema complementar , 12 linhas foram estendidas até a Vila Sônia, onde os passageiros podem realizar a integração com o Metrô. As linhas que vão até o Terminal Vila Nova Cachoeirinha estão levando os passageiros até o Metrô Barra Funda.

Reprodução / TV Globo

Confira a relação de empresas paralisadas

Empresas que operam normalmente

Com informações do G1 e do UOL