Escrito por: RBA

Motoristas de SP aprovam 'estado de greve’. Metroviários discutem paralisação

Motoristas decidiram ainda realizar protestos em todos os terminais de ônibus da capital, às 14h de amanhã

Sindmotoristas SP
Assembleia de motoristas e cobradores: segundo sindicato, proposta é 'indecente'

Motoristas e cobradores da cidade de São Paulo aprovaram ontem (23) “estado de greve” por reajuste salarial. Eles também decidiram realizar protestos nos terminais da capital nesta quarta-feira (25), a partir das 14h. Já os metroviários, também em campanha salarial, farão assembleia na noite de hoje para decidir se entram em greve no dia seguinte.

Segundo a direção do Sindmotoristas, o sindicato dos trabalhadores, a proposta apresentada na semana passada pelo SPUrbanuss (entidade patronal) foi “indecente” e já terminou sendo rejeitada na própria reunião. Entre outras reivindicações, eles querem reajuste de 12,47%, índice correspondente à variação do INPC-IBGE em 12 meses, mais aumento real. A pauta inclui reajuste em benefícios, vale-refeição e participação nos lucros ou resultados (PLR). A data-base da categoria dos motoristas e cobradores é 1º de maio.

Cláusula de paz

Os metroviários, por sua vez, têm assembleia marcada para as 18h de hoje, para avaliar as negociações com o Metrô e decidir sobre paralisação no dia seguinte. A greve estava marcada para o dia 18, mas foi suspensa. O sindicato da categoria não aceitou a proposta da empresa, mas concordou com a “cláusula de paz” apresentada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT). A data-base é a mesma.

Os metroviários de São Paulo rejeitaram a proposta de reajuste de 12,26% (IPC-Fipe). Segundo o sindicato, a companhia negou pagamento de participações nos resultados (PRs) de 2020 a 2022, além do chamado “vale-peru”, o 13º do vale-alimentação. E se recusa a reintegrar tanto os demitidos de 2019 como os desligados por aposentadoria especial no ano seguinte. A campanha envolve ainda mudança nos steps, que fazem parte do plano de carreira.