Escrito por: Redação CUT

Motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo podem entrar em greve nesta terça

Paralisação só não ocorrerá se, em reunião de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho nesta segunda, sindicato patronal apresentar uma proposta de reajuste melhor

Reprodução/Site do Sindmotoristas

Motoristas e cobradores de ônibus do município de São Paulo rejeitaram contraproposta patronal de reajuste dos salários e decidiram entrar em greve nesta terça-feira (14). Paralisação de 24 horas só não ocorrerá se sindicato patronal mudar a proposta de reajuste salarial e atender reivindicação da categoria.

A confirmação da greve será decidida em assembleia que será realizada nesta segunda-feira (13) após reunião de concialiação no  Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Caso não haja uma proposta que atenda as expectativas dos trabalhadores, amanhã os ônibus urbanos da capital não sairão das garagens -  a greve será iniciada à meia-noite.

A categoria reivindica 12,47% de reajuste salarial, que corresponde à variação do Índice de Preços ao Consumidor  (INPC), do IBGE, dos últimos 12 meses, até abril, véspera da data-base, que é em 1º de maio.

O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss) apresentou contraproposta de reajuste de 10%, em parcela única, mas apenas em outubro. A proposta anterior também era de 10% de reajuste parcelado em três vezes.

“Estamos indignados com a intransigência dos patrões que insistem em ignorar as reivindicações dos trabalhadores, que nada mais são do que um reajuste equivalente à inflação”, afirmou o presidente em exercício do sindicato, Valmir Santana da Paz, o Sorriso.

“Se nessa reunião de segunda-feira, o setor patrornal e o Poder Público não reverem esse posicionamento, São Paulo vai parar. Os trabalhadores estão exaustos, inconformados e prontos para a greve”, disparou Sorriso, como mostra nota publicada no site do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindmotoristas)

Na sexta-feira (3), os trabalhadores suspenderam greve marcada para o início da semana passada após intermediação da Justiça do Trabalho.

Os motoristas de SP também querem aumento real, participação nos lucros ou resultados (PLR), reajuste no vale-refeição e melhorias no plano de saúde, entre outros itens.