Escrito por: Fetraf-MG

Movimentos do campo cobram manutenção de verbas

FETRAF/MG, MAB e MST ocuparam prédio do Ministério da Fazenda, em Belo Horizonte

Fetraf-MG
Militantes no saguão do Ministério, em Nelo Horizonte

Cerca de 800 militantes da FETRAF/MG, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) ocuparam o saguão do prédio do Ministério da Fazenda, em Belo Horizonte. A ocupação se deu na manhã desta sexta-feira (29), data escolhida para ser o dia nacional de lutas da FETRAF/MG.

Ainda em decorrência da XI Jornada de Lutas da FETRAF/BRASIL, que aconteceu semana passada em Brasília, a FETRAF/MG ocupou o ministério da Fazenda para buscar respostas referente ao anúncio realizado no último dia 22 de maio, pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, mostrando os números do contingenciamento orçamentário do ano 2015.

Percebe-se que para o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) os cortes serão de aproximadamente 50% do orçamento previsto. Para a FETRAF/BRASIL o anúncio é preocupante, uma vez que na semana passada, o Ministro da fazenda Joaquim Levy e os Ministros Patrus Ananias (MDA) e Miguel Rossetto (Secretária Gera da República), em reunião conjunta, haviam assumido o compromisso de que nos orçamentos relacionados à agricultura familiar e reforma agrária não haveria cortes significativos, atendendo uma reivindicação apresentada pela FETRAF. No entanto, na apresentação do orçamento, os cortes foram anunciados.

Os movimentos Sociais sabiam da visita do Ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto à capital mineira, e criaram essa oportunidade para ser ouvidos. Na ocasião, lembraram da agenda com a Presidenta Dilma, que por diversas vezes foi marcada e desmarcada.

“Precisamos ser ouvidos antes da apresentação do Plano Safra, explica Joseleno Anacleto da Silva, coordenador da Fetraf no Estado de Minas Gerais. “Se a FETRAF não for atendida por Dilma Rousseff, não haverá o lançamento do Plano Safra. Nós não vamos deixar o lançamento acontecer porque mobilizaremos as nossas bases, outros movimentos sociais e vamos parar o Brasil”.

O ato também faz parte de um protesto nacional contra a lei da terceirização e as medidas provisórias 664 e 665, que alteram regras de benefícios previdenciários e trabalhistas, como a pensão por morte, o abono salarial e o seguro-desemprego.