Escrito por: Redação CUT
MPF no Pará pediu ao Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos que apresente os supostos casos denunciados, sem provas, pela ex-ministra Damares Alves, indicando todos os detalhes que a pasta possua
O Ministério Público Federal (MPF) no Pará solicitou nesta segunda-feira (10), à secretária executiva do Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), Tatiana Barbosa de Alvarenga, informações sobre supostos crimes contra crianças que a ex-ministra e senadora eleita Damares Alves denunciou, em provas, ter descoberto em visita à Ilha de Marajó (PA).
Segundo relato feito pela pastora Damares no domingo (9), durante discurso em uma sede da igreja Assembleia de Deus, em Goiânia (GO), crianças do arquipélago teriam sido traficadas para o exterior e submetidas a mutilações corporais e a regimes alimentares que facilitam abusos sexuais.
Em seu discurso a pastora afirmou: “Fomos para a Ilha do Marajó e lá nós descobrimos que nossas crianças estavam sendo traficadas por lá”. Ressaltando que a ilha faz fronteira com diversos lugares, ela continuou: “Nós temos imagens de crianças brasileiras, que quando cruzam as fronteiras, sequestradas, os seus dentinhos são arrancados para elas não morderem durante o sexo oral. Nós descobrimos que essas crianças comem comidas pastosas para que o intestino fique livre para a hora do sexo anal”.
Ela afirmou, ainda, também sem apresentar nenhuma prova, que “explodiu o número de estupros de recém-nascidos” e que no MMFDH há imagens de crianças de oito dias de vida sendo estupradas. Segundo Damares Alves, um vídeo de estupro de crianças é vendido por preços entre R$ 50 e R$ 100 mil.
Membros do MPF no Pará pedem à Secretaria-executiva do MMFDH que apresente os supostos casos descobertos pelo ministério, indicando todos os detalhes que a pasta possua, para que sejam tomadas as providências cabíveis.
O MPF também pede que o MMFDH informe quais providências tomou ao descobrir os casos e se houve representação (denúncia) ao Ministério Público ou à Polícia.