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MST convoca ato público para defender feira no Parque da Água Branca

Manifestação em prol da realização da quarta edição da feira da reforma agrária será nesta quarta-feira, às 15h, no interior do parque. Objetivo é sensibilizar governo Doria a rever veto

Publicado: 17 Abril, 2019 - 10h08 | Última modificação: 17 Abril, 2019 - 10h13

Escrito por: Redação RBA

MÁRCIA MINILLO/RBA
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O Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) convida apoiadores e consumidores da Feira Nacional da Reforma Agrária no Parque da Água Branca para uma manifestação nesta quarta-feira. O ato público está marcado para nas dependência do parque, na zona oeste paulistana. O objetivo é pressionar o governador João Doria a rever o veto à realização do já tradicional evento no local, como tem ocorrido nos meses de maio.

Vinculado à Secretaria Estadual de Agricultura de São Paulo, o Parque da Água Branca sediou as três primeiras edições da feira promovida pelo MST, durante a gestão de Geraldo Alckmin (PSDB). No entanto, o atual governador, o também tucano João Doria, vetou o uso do espaço, alegando que parques podem comportar até 5 mil pessoas e que o público do MST ultrapassa 200 mil.

Desde a semana passada, um abaixo-assinado pedindo a permanência está circulando nas redes sociais. Uma das signatária da campanha, a chef de cozinha Bel Coelho, considera arbitrária a decisão de Doria. Ela defende a feira como um evento formador de uma consciência agroecológica e de segurança alimentar.

Para a coordenação do movimento, a justificativa de que a estrutura do parque não comporta o evento não condiz com a realidade, uma vez que as edições anteriores do evento transcorreram sem problemas. O público total da feira não tem uma presença simultânea.  A visitação ocorre no decorrer do dia, durante quatro dias.

O impedimento soa parte de uma campanha do governador tucano de perseguição e criminalização ao movimento que incorporou a produção de alimentos mais saudáveis, sem uso de agrotóxicos e transgênicos, à sua luta por reforma agrária desde que foi fundado, há 35 anos. Durante sua campanha ao governo, inclusive em debates na TV, Doria foi incisivo em relação ao movimento, sempre classificando-o como grupo "terrorista". 

Ouça entrevista de Bel Coelho à Rádio Brasil Atual