Escrito por: Redação CUT

Mulher suspeita de organizar e financiar atos golpistas no DF se entrega à PF, no RJ

Elizângela Cunha Pimentel Braga tem 48 anos e é doceira em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro

Reprodução/redes sociais

Após ação frustrada de agentes da Polícia Federal (PF), que não encontraram a doceira Elizângela Cunha Pimentel Braga, de 48 anos, para cumprir mandados de busca e prisão temporária, a mulher se entregou na delegacia da PF de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, na noite desta segunda-feira (16).

Segundo as investigações dos agentes, a mulher, que é da cidade de Itaperuna, recebeu doações que foram repassadas para os moradores de Campos que estavam acampados em Brasília.

A doceira é uma das pessoas suspeitas de serem financiadoras e organizadoras dos atos antidemocráticos, entre eles a invasão e as depredações dos prédios do Supremo Tribunal Federal (STF), Palácio do Planalto e Congresso Nacional, realizados por bolsonaristas que não aceitam a vitória de Lula (PT), confirmada no dia 30 de outubro.

A Polícia Federal quer saber quem estava nos ônibus e vans que levaram moradores do Norte Fluminense para participar dos atos no Distrito Federal em 8 de janeiro. Para isso, as equipes vão analisar celulares, computadores e anotações colhidas na casa da Elizângela

Além de Elizângela, a PF prendeu no Rio de Janeiro, nesta segunda, o bombeiro Roberto Henrique de Souza Júnior, suspeito de envolvimento em atos antidemocráticos. Um terceiro alvo ainda não foi localizado.

A PF também apreendeu celulares, computadores e documentos diversos, segundo o balanço divulgado às 8h30 desta terça-feira (17).
As prisões foram realizadas no âmbito da Operação Ulysses que investiga lideranças locais que bloquearam as rodovias que passam por Campos dos Goytacazes; quem organizou as manifestações em frente aos quartéis do Exército na cidade; e se os investigados participaram na organização e financiamento dos atos golpistas que levaram à invasão dos prédios dos 3 Poderes em Brasília no dia 8 de janeiro.
Os investigados podem ser acusados de associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e incitação das Forças Armadas contra os poderes institucionais.

Com informações do Uol e do G1.