Escrito por: Redação CUT
Dados da PNAD Contínua mostram a disparidade salarial no mercado de trabalho. Em 2018, o salário da mulher foi, em média, 20,5% menor do que o salário dos homens. No ano anterior, 2017, a diferença era de 21,7%
A desigualdade salarial entre homens e mulheres caiu de 21,7% para 20,5% entre 2017 e 2018, mas continua alta, de acordo com estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta sexta-feira (8), Dia Internacional da Mulher.
Na média geral, em 2018, as mulheres entre 25 e 49 anos ganhavam em média 20,5% menos do que os homens. A diferença salarial foi maior entre as mulheres com idades entre 40 e 49 anos - menos 25,1% do salário dos homens. As menores diferenças foram encontradas na faixa etária dos 20 aos 29 anos, início de carreira para muitos trabalhadores e trabalhadoras – elas ganhavam 13,1% menos do que os homens.
O estudo, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD Contínua -, analisou dados sobre a participação da mulher no mercado de trabalho. Elas são maiorias em funções como trabalhadoras domésticas (95%); professoras do ensino fundamental (84%); trabalhadoras em limpeza (74,9%); e em centrais de atendimento (72,2%).
Por outro lado, em cargos de direção, elas são apenas 41,8% e têm salários ainda menores do que a média geral (20,5%). Uma diretora ganha 22,7% menos do que um diretor. A diferença aumenta ainda mais entre profissionais de ciências e intelectuais. Nessa categoria elas são maioria (63%), mas ganham 26,2% a menos do que os homens.
A pesquisa mostra que apesar de serem maioria na categoria, os salários para as professoras do ensino fundamental é 9,5% menor do que os salários dos homens. Para as professoras universitárias, onde elas são 49,8% da força de trabalho, o salário é 17,4% menor.
Em outras categorias, como médicos especialistas e advogados, onde elas ocupam 52% dos postos de trabalho, a pesquisa aponta que a remuneração delas é de, em média, 72% do que eles ganham.