Mulheres ocupam Assembleia Legislativa em Goiás
Na véspera do Dia Internacional das Mulheres, trabalhadoras do campo e da cidade vão às ruas por direitos e contra a violência
Publicado: 07 Março, 2018 - 12h46 | Última modificação: 07 Março, 2018 - 12h56
Escrito por: CUT Goiás
Cerca de 700 mulheres do campo e da cidade ocuparam nesta quarta-feira (7) a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) no que estão chamando de Movimento Contra o Capital e em Defesa da Democracia e da Soberania Nacional. Esta foi a maneira que encontraram para celebrar de forma crítica o Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março.
Elas estão realizando uma série de atividades para discutir a violência contra as mulheres e dar visibilidade às pautas políticas que lafetam a classe trabahadora do campo e da cidade, tais como:
- Por uma aposentadoria digna para todas as trabalhadoras e trabalhadores no campo e na cidade;
- Derrubada do veto do governador Marconi Perillo (PSDB) à Lei Dom Tomás Balduíno (19.998/18), que estabelece valor mínimo orçamentário para o Fundo de Agricultura Familiar e Camponesa;
- Reorganização imediata do Conselho de Desenvolvimento Rural Sustentável (Cedrus), transformando-o em uma entidade tripartite, incluindo as organizações da agricultura familiar;
- Que o governo de Goiás regulamente de imediato a compra institucional de alimentos da agricultura familiar e camponesa;
- Construção e reforma de 10 mil unidades habitacionais no campo, com recursos do governo estadual;
- Regularização Fundiária;
- Anulação da Reforma Trabalhista;
- Compra de sementes da agrcultura camponesa.
Palestras
Uma série de palestras vão acontecer nesta quarta-feira na Alego. Iêda Leal, vice-presidenta da Central Única dos Trabalhadores no Estado de Goiás (CUT Goiás) e coordenadora nacional do Movimento Negro Unificado (MNU) debaterá a Realidade das Mulheres Negras. Antônia Ivaneide, a Neném, representante da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) vai falar sobre a Realidade das Mulheres Camponesas no Brasil e Lúcia Rincón, do Centro Popular da Mulher e União Brasileira de Mulheres, discorrerá sobre a Realidade das Mulheres Urbanas e a Questão da Violência.
Além disso, estão previstas oficinas de agitação e propaganda, confecção de estandartes feministas, comunicação popular, combate à violência contra a mulher, batuque feminista, ciranda das crianças e teatro do oprimido. Às 17 horas desta quarta-feira toda essa produção será apresentada na Ciranda com Debate, também na Alego.
Para quinta-feira, 8 de março, uma grande marcha com apresentaçõe de poesias, performances e batuque vai acontecer a partir das 9 horas da manhã, saindo da ocupação da Assembleia Legislativa e seguindo pela Avenida Anhanguera.
Sintego
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), que tem a maioria da sua categoria formada por mulheres, também estará nas ruas. Nesta quarta-feira (7), tem panfletagem no Mercado da 74 - Mulheres em Marcha. e amanhã, dia 8, café da manhã com as educadoras no Sintego e logo depois panfletagem na Praça A.
Às 14 horas, também na quinta-feira, roda de conversa no Instituto Federal de Goiás (IFG) - Rua 75, nº 46, Centro - sobre Minha Vida, Meus Direitos, para a construção do calendário 365 dias de ativismo por uma vida sem violência. Às 18 horas, na Praça Universitária, Feira de Mulheres para Mulheres e muita música.