Escrito por: Redação CUT
As ameaças ocorreram no último dia 30 de janeiro, pouco antes da eleição, de 1 a 2 de fevereiro, na montadora de automóveis que emprega mais de 6.000, em Silao, Guanajuato, México
Duas mulheres líderes do Sindicato Independiente Nacional de Trabajadores y Trabajadoras de la Industria Automotriz (SINTTIA), no México, receberam uma série de ameaças de morte. No primeiro caso, um veículo novo de marca da GM, sem placas, dirigiu até a casa de uma das dirigentes, avisando que ela deveria abandonar a votação ou sofrer as consequências. Uma segunda líder recebeu uma série de mensagens de texto por WhatsAPP ameaçando a sua vida e a vida de seus filhos.
As ameaças ocorreram no último dia 30 de janeiro, pouco antes da eleição, de 1 a 2 de fevereiro, na montadora de automóveis que emprega mais de 6.000, em Silao, Guanajuato, México, onde os trabalhadores estão lutando três anos tentando obter uma representação sindical e contrato coletivo real pela primeira vez.
Diante das ameaças, os afiliados do SINTTIA estão exigindo medidas de proteção do seu governo da seguinte forma:
- Se emita as medidas de proteção necessárias para garantir a segurança e integridade pessoal, de nossas famílias e comitê executivo do SINTTIA;
- Levar a cabo uma investigação integral, exaustiva e imparcial sobre as ameaças recebidas pelas sindicalistas Maria Alejandra Morales Reynoso, Secretária - Geral e Claudia Juárez López, Secretária de Organização e seus familiares, com o fim de identificar os responsáveis e apresenta-los à autoridade competente;
- Garantir a integridade física e psicológica para impedir todo tipo de hostilidade, ameaças e afastar toda a tentativa de amedrontar e inibir a votação sindical na Planta de General Motors, por meio de geração de violência contra os funcionários da SINTTIA , e os trabalhadores.
Os dirigentes do SINTTIA, lembram que um sindicato independente que obtenha seu poder dos trabalhadores e trabalhadoras, é necessário para construir um futuro para suas famílias e todos os trabalhadores mexicanos.
O sindicato tenta conquistar a representação majoritária e o direito de negociar os contratos coletivos, que atualmente estão vinculados a um "contrato de proteção" repressivo, administrado por um sindicato autoritário que atua como um controle sobre os trabalhadores para impedi-los de organizar, de forma independente, ou tomar ações coletivas democráticas. Vários sindicatos do Brasil e EUA estão em Silao dando apoio aos trabalhadores durante esta eleição.
O sindicato também divulgou uma declaração pública no Facebook.