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Municipários de POA ocupam gabinete do prefeito contra previdência complementar

Servidores municipais em greve exigem negociação sobre novo regime previdenciário recém-aprovado e denunciam sucateamento dos serviços básicos

Publicado: 07 Agosto, 2018 - 15h16 | Última modificação: 08 Agosto, 2018 - 18h28

Escrito por: Redação RBA 

Divulgação Simpa
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Servidores municipais de Porto Alegre ocuparam na manhã desta terça-feira (7) o Paço Municipal, conhecido como prefeitura velha, onde fica o gabinete do prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB), no centro da capital. Eles também reivindicam reajuste salarial e são contra o novo regime de previdência complementar, o PoaPrev, aprovado nesta segunda-feira (6) pelos vereadores. "Negociação" gritavam os servidores, no momento que entraram no prédio.

A categoria, que está em greve desde o último dia 31, denuncia o sucateamento dos serviços prestados pela prefeitura e exige a contratação de novos servidores.

"Há um déficit muito grande de servidores que estão se aposentando, sem que o prefeito faça a reposição. Só no Hospital de Pronto Socorro (HPS) faltam cerca de 200 servidores. Na Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), faltam 600 servidores. Na educação, idem. Só nestes três setores, há um déficit em torno de 1200 servidores", explica o diretor do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), Alberto Terres.

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Segundo o diretor do Simpa, o novo regime de previdência já nasce falido porque os recursos que serão investidos na criação do PoaPrev não serão devolvidos para a Prefeitura por falta de adesões.

"Para criar essa previdência complementar, a prefeitura precisará aportar em torno de R$ 10 milhões. No médio prazo, essa previdência deverá devolver esses recursos para a prefeitura. No entanto, as adesões a essa previdência complementar serão em um número tão pequeno que ela não conseguirá se sustentar financeiramente", avalia Terres.

Segundo ele, muitos servidores anteciparam seus pedidos de aposentadoria com receio sobre as novas regras previdenciárias.

Pelo novo projeto aprovado, servidores que recebem até o teto do INSS – R$ 5.645,80 – terão sua previdência administrada pelo atual fundo municipal, o Previmpa. Aqueles que ganham acima disso, e que pretendem se aposentar mantendo os rendimentos da ativa, terão de pagar uma contribuição extra de 8,5% em cima da quantia excedente, que será colocada no PoaPrev. A prefeitura deve completar o valor também com 8,5%.

Os municipários, que tentam negociação com a prefeitura, devem realizar uma assembleia na tarde desta terça-feira para discutir os rumos da greve.

Com informações do Sul 21.