Municipários de Porto Alegre decidem continuar greve e fortalecer mobilização
Categoria, que luta contra a mercantilização da previdência, realizará atos na capital gaúcha. Greve foi aprovada por trabalhadores em assembleia
Publicado: 15 Agosto, 2018 - 08h45 | Última modificação: 15 Agosto, 2018 - 08h55
Escrito por: CUT-RS
A continuidade da greve dos municipários de Porto Alegre, que está completando 15 dias, foi aprovada em assembleia realizada nesta terça-feira (14), na Casa do Gaúcho. A categoria também decidiu pela realização de ato público nesta quarta-feira (15), às 8h, em frente ao Previmpa (Rua Uruguai, 277), seguido de caminhada até a Câmara Municipal, para acompanhar a reunião de líderes das bancadas.
O objetivo do protesto é denunciar a mercantilização da previdência pública, pedir a revogação do PL 07/18 recém-aprovado, que cria um plano de previdência complementar em prejuízo dos servidores e da previdência social e denunciar o desrespeito da direção-geral do Previmpa com relação às deliberações do Conselho de Administração.
Ao mesmo tempo, a manifestação visa a dar continuidade às reivindicações dos servidores e servidoras que levaram à greve. Os trabalhadores pedem abertura de negociação com o prefeito Nelson Marchezan Jr (PSDB) para a obtenção de reajuste de 6,85%, índice que repõe as perdas acumuladas desde o ano passado e o reconhecimento das perdas históricas que somam 8,85%.
A categoria também luta pela rejeição dos PLs de Marchezan que destroem os serviços públicos e os direitos da categoria e contra o parcelamento dos salários, retomado em julho.
Veja abaixo o calendário de mobilização aprovado pela assembleia geral:
Quarta-feira, 15/08
– Ato às 8h em frente ao Previmpa (Rua Uruguai, 277)
– Comando de Greve às 17h no Simpa, quando serão definidas novas agendas da greve, inclusive indicativos apresentados durante a assembleia
Sexta-feira, 17/08
– Articulação e participação no protesto dos estudantes pelo meio passe, na Escola Parobé às 8h
– Assembleia geral às 14h na Casa do Gaúcho
Diariamente, ao longo da greve
– Continuidade dos piquetes e visitas aos locais de trabalho
Outras decisões da assembleia
A categoria também definiu qual será a Comissão de Negociação, que representará a categoria junto ao Executivo, a ser formada pela diretoria do Simpa, três trabalhadoras da saúde (Fabiana Sanguiné, Jussara Martins e Lilian Bittencourt), três da educação (Maria José da Silva, a “Zezé”, Sinthia Mayer e Janize Duarte), dois da Fasc (Iago Gonçalves e Nayara Vieira), um do Dmae (Alexandre Dias) e uma eleita pelo plenário (Karine Damiani, do HPV).
Também foi aprovada moção de repúdio à prefeitura, conforme segue, “em função da abertura de sindicância referente à ocupação da prefeitura pelos municipários em 07/08. Protesto não é crime!”.
A assembleia reafirmou, ainda, a continuidade e o caráter do comando de greve como instância para articular e operar as deliberações da assembleia.