Em nota, CUT afirma que incêndio no Museu foi um crime contra o patrimônio do povo brasileiro
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) vem manifestar seu repúdio à destruição do Museu Nacional e seu acervo por um incêndio iniciado na noite do último domingo (02), sua solidariedade a todos e todas que trabalham, pesquisam e estudam na instituição e seu pesar pela irreparável perda de um rico patrimônio histórico, cultural e científico do Brasil e da humanidade.
Foi cometido um crime contra um patrimônio do povo brasileiro. Vidas foram colocadas em risco. Promovidos por um governo ilegítimo e irresponsável, os cortes orçamentários e o sucateamento das universidades brasileiras, como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), responsável pelo museu, já vinham prejudicando o funcionamento da instituição e sua manutenção, reduzida a medidas paliativas, fazendo do incêndio uma tragédia anunciada.
O Museu Nacional é a mais antiga instituição científica do país, que completou 200 anos em 6 de junho deste ano e tinha seu edifício tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Seu acervo continha cerca de 20 milhões de itens com um inestimável valor histórico, cultural e científico. A perda é irreparável e incalculável.
Caso não ocorra uma profunda reorientação nos rumos do país, novas tragédias ocorrerão com nosso patrimônio, que em muitos casos está guardado sob péssimas condições, como parte do arquivo do Ministério do Trabalho que ainda não está sob a guarda do Arquivo Nacional e contém documentos históricos indispensáveis para a justiça e a reparação de crimes contra a humanidade e a classe trabalhadora, em particular.
A CUT reitera seu empenho na luta pela revogação da Emenda Constitucional 95, sua campanha em defesa dos serviços e do patrimônio público e conclama os trabalhadores e trabalhadoras a derrotar o golpe contra o povo brasileiro!
Executiva da CUT