Na Bahia, Sindipetro faz esquenta para Greve Geral do dia 30
Além de reformas, trabalhadores defenderam acabar com a privatização da Petrobrás
Publicado: 20 Junho, 2017 - 17h13 | Última modificação: 20 Junho, 2017 - 17h17
Escrito por: Sindipetro-BA
Em uma paralisação preparatória para a greve geral do dia 30 de junho, o Sindipetro-BA junto com a CUT realizou ato na manhã desta terça (20\06) na Refinaria Landulpho Alves. A mobilização também é contra a redução do efetivo mínimo nas refinarias.
"A greve geral do próximo dia 30 de junho é para dizer não ao governo golpista do Michel Temer, suas propostas de reformas e desmonte e privatização da Petrobrás", ressalta o diretor do Sindipetro-BA, André Araújo.
"Agora é guerra. Aqui na Bahia não vai ter arrego, vamos utilizar toda a estrutura e recursos do sindicato para impedir a venda e o desmonte da Petrobrás no Estado e no país", assegura por sua vez o coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar.
O que está acontecendo no país faz parte do golpe que retirou a presidenta Dilma Rouseff do poder. "Esse governo ilegítimo está servindo ao capital internacional, que foi o maior financiador do golpe com objetivos claros de comprar nossas maiores empresas a preço de banana", garante o presidente da CUT Bahia e diretor do Sindipetro, Cedro Silva.
A manifestação também foi realizada para receber o diretor de Refino e Gás Natural, Jorge Celestino, que é o maior defensor da venda de refinarias de todo país. Para o diretor Radiovaldo Costa, "toda vez que nós descobrirmos que algum diretor entreguista for visitar qualquer unidade do Sistema Petrobrás na Bahia, vamos realizar manifestações para impedir que eles cheguem à área". Acuado, Celestino se dirigiu à Fafen, mas a categoria está decidida a seguir seu rastro, deixando claro que na Bahia ele não vai ter sossego.
Para o coordenador Deyvid Bacelar “ é dessa forma que eles vão saber que nós petroleiros temos força para lutar pelo Brasil". Deyvid também ressalta a grande preocupação com a redução do efetivo mínimo na Rlam, “que trará graves consequências, tornando o ambiente de trabalho nas unidades inseguro e expondo os trabalhadores a acidentes e doenças ocupacionais por sobrecarga de trabalho”.
Para o deputado federal petista Nelson Pelegrino, o atual governo não quer vender só as refinarias. "Participamos de uma frente parlamentar de defesa da Petrobrás e montamos um dossiê que identificou que eles querem vender 22 ativos da empresa, que estão avaliados em R$ 160 bilhões, e pretendem negociar por apenas R$ 30 bilhões. O prejuízo representa mais de 10 operações Lava Jato", destaca Pelegrino.
Em assembleias que aconteceram na semana passada, os trabalhadores da Rlam aprovaram a realização de uma greve por tempo indeterminado nas refinarias, além de mobilizações até a data dessa greve, que será deliberada pela FUP e sindicatos. Nessa semana, essa já é a segunda mobilização, a outra aconteceu na segunda-feira, no dia 19 de junho, quando ocorreria a reunião da comissão de SMS, no Rio de janeiro. Eles decidiram também pela participação da categoria na greve geral de 30 de junho, convocada pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, e por centrais sindicais.
Também participaram do ato o Siticcan, Sinditic, CUT e os diretores do Sindipetro Bahia Gilson Sampaio (Morotó), Jairo Batista, Rafael Crespo, Rosângela Maria, Edson Cabeça, Átila Barbosa, Agnaldo dos Anjos, João Marcos, Adailson Marcelo e Adson Silva.