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Nas periferias, cresce repúdio ao golpe

Manifesto contra a tentativa de impeachment de Dilma já conta com mais de 450 assinaturas

Publicado: 28 Março, 2016 - 11h25 | Última modificação: 28 Março, 2016 - 11h56

Escrito por: CUT

Imagem: Divulgação
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Lançado no começo da última semana, o manifesto “Periferias Contra o Golpe” já foi assinado por mais de 450 movimentos sociais e culturais das periferias de todo o País. Outras 2,5 mil pessoas são signatárias do documento.

Antes do final de semana, o manifesto era apoiado por quase uma centena de movimentos e quase 500 pessoas. O aumento explicita a preocupação nas periferias com os rumos do país e o intenso trabalho de ativistas do campo das artes e da política para promover o debate nessas regiões.

Na última quinta-feira (24), poetas, militantes e moradores das periferias paulistanas se encontraram na edição especial do “Sarau do Binho”, em Taboão da Serra, onde o manifesto foi lido.

Durante o encontro, as pessoas se revezaram no microfone, lembrando conquistas dos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma Rousseff (PT), mas também criticando a falta de perspectiva para as periferias principalmente nos últimos anos.

Porém, como mostra o texto do manifesto, em momento algum se perde no horizonte a certeza de que a tentativa de derrubar a presidenta Dilma Rousseff é um golpe contra a democracia brasileira.

“Nós, que conquistamos só uma parte do que sonhamos e temos direito, não admitimos retrocesso. Reivindicar o respeito à soberania das urnas e a manutenção do Estado Democrático de Direito. Reivindicamos as ruas enquanto espaço de diálogo, debate e fazer político, mas nunca como território do ódio. Reivindicamos nossa liberdade de expressão, seja ela ideológica, política ou religiosa. Reivindicamos a desmilitarização das polícias, da política e da vida social. Reivindicamos o avanço das políticas públicas, dos direitos civis e sociais. Não vai ter golpe. Não vai ter luto. Haverá luta!”, afirma o texto do documento.