Escrito por: Redação CUT

Nas vésperas do ano letivo, pais ainda enfrentam bagunça da gestão de Zema em MG

Governo Zema (Novo), que prometeu eficiência de gestão, criou sistema que não garante vagas para todos antes do início do ano letivo

Wallace Oliveira/Brasil de Fato

"A eficiência da minha gestão será uma espécie de vitrine para o Novo", disse Romeu Zema, em dezembro de 2018, quando foi eleito governador de Minas Gerais com mais de 72% dos votos, se referindo ao que ia 'ensinar' aos colegas do Partido Novo de todo o País.

Na área da Educação, professores, pais e alunos já sabem, depois de um ano de gestão, que Zema não tem nada para exibir em sua vitrine. Muito pelo contrário, ele sequer conseguiu organizar o orçamento e pagar a categoria que entrou em greve nesta terça-feira (11) reivindicando  pagamento do piso e parte do 13º salário que não foi pago integralmente em dezembro e melhoria na qualidade de ensino.

“Reivindicamos também mais investimentos em Educação pública e de qualidade, contratação de mais professores e mais ofertas de vagas, facilidade na hora das matrículas", diz a Coordenagora-Geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Denise Romano, se referindo ao drama que pais e alunos mineiros veem enfrentando para garantir uma vaga nas escolas estaduais mineiras para seus filhos.

Nas vésperas do início do ano letivo, mães e pais de alunos tiveram de acampar nas portas das escolas, nas manhãs de sábado (8), domingo (9) e segunda-feira (10) para conseguir uma vaga na rede pública estadual de ensino de Minas Gerais, relata reportagem de Wallace Oliveira, do Brasil de Fato. 

A gestão que Zema, que prometeu ser modelo de eficiência, criou um novo sistema de matrículas que não funcionou e deixou de fora vários alunos.

De acordo com a reportagem do BdF, o  governo estadual afirmou que até o momento inscreveu 1.627.000 estudantes, que equivale a 13% menos do quem em 2019, quando o estado matriculou 1.860.000 alunos, de acordo com o Censo Escolar. A reportagem relata ainda, depoimentos de pais relatando confusões como alunos encaminhados para escolas e quando chegaram lá o nome havia sido retirado da listagem por questões políticas, para colocar no lugar filhos de apadrinhados, crianças impedidas de trabalhar na mesma escola que os irmãos,  outros sendo encaminhados para escolas muito longe de onde moram, enfim, uma bagunça.

 Confira aqui a íntegra da reportagem.

E na página do Sind-UTE-MG confira nota com orientações sobre o direito de greve dos trabalhadores e trabalhadoras em Educação do Estao de Minas Gerais.