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Navio começa a submergir na Bacia de Campos e trabalhadores deixam embarcação

Sindipetro/NF já havia denunciado o risco para o meio ambiente e para os trabalhadores a bordo na sexta (23)

Publicado: 26 Agosto, 2019 - 15h15

Escrito por: Redação CUT

Reprodução
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O navio FPSO Cidade do Rio de Janeiro, na Bacia de Campos, está submergindo e corre o risco de afundamento, colocando em risco o meio ambiente e a vida dos trabalhadores a bordo, denuncia o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF).

Na sexta-feira (23), foi identificado um rasgo no casco do navio, a cerca de um metro de profundidade, o que provocou o aumento do volume de água nos tanques, como havia informado o sindicato. Um primeiro grupo de trabalhadores foi então desembarcado. Nesta segunda-feira (26), com o aumento do rasgo, o restante foi evacuado. Cerca de 100 trabalhadores foram retirados da embarcação.

FPSO, em inglês Floating Production Storage and Offloadin, é uma unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência, um tipo de navio utilizado pela indústria petrolífera para a exploração (produção), armazenamento de petróleo e gás natural, além de escoamento da produção por navios cisterna (petroleiros). São utilizados em locais de produção distantes da costa com inviabilidade de ligação por oleodutos ou gasodutos.

Segundo a Petrobrás, a embarcação encontra-se em “equilíbrio estático” e uma equipe especializada será mobilizada para fazer a desancoragem e reboque para o estaleiro.

O FPSO Rio de Janeiro é um navio contratado pela Petrobrás e operado pela Modec do Brasil. A embarcação está com a produção interrompida desde julho de 2018 para processo de descomissionamento (desativação da unidade).

Privatização

O Sindipetro-NF é contrário ao sistema de afretamento e à crescente privatização do setor petrolífero no país. A entidade avalia com preocupação a retomada de receitas privatizantes que já levaram a tragédias como a da P-36.

De acordo com o coordenador geral do sindicato, Tezeu Bezerra, unidades próprias da Petrobrás, quando operadas com respeito às normas e investimentos em segurança, geram menores riscos de danos ao meio ambiente e à saúde e segurança dos trabalhadores.