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Nesta sexta tem atos e greves em todo Brasil contra a reforma de Bolsonaro

Paralisações, greves, assembleias, passeatas e panfletagens estão confirmadas em 126 cidades em todos os Estados e no Distrito Federal. Às 9h30, em São Bernardo do Campo, após ato, presidentes das centrais

Publicado: 21 Março, 2019 - 17h55 | Última modificação: 21 Março, 2019 - 18h03

Escrito por: Vanilda Oliveira

Roberto Parizotti/CUT
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A CUT e demais centrais - Força Sindical, UGT, Intersindical, CSB, CTB, NTCT, CGTB e CSP-Conlutas -, movimentos sociais e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo se unem nesta sexta-feira (22), em todo o Brasil para liderar os atos do Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência Social. A mobilização nacional é preparativa à greve geral, com data a ser definida.

Com o objetivo de mostrar para a sociedade como e porque a proposta de reforma da Previdência do governo de Jair Bolsonaro (PSL) será devastadora para os brasileiros, principalmente para os mais pobres, os trabalhadores farão passeatas, protestos, assembleias, panfletagens, paralisação de produção e greves serão realizados em todas as capitais, Brasília e 99 cidades do interior do País.

As centrais e seus sindicatos decidiram lutar de forma unitária, nas ruas e com pressão sobre parlamentares no Congresso Nacional, para barrar a votação e aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 006/2019) da reforma da Previdência. O texto é um ataque sem precedentes na história dos direitos da classe trabalhadora. São 60 páginas de maldades que, em resumo, restringem e dificultam o acesso à aposentadoria, elevam a idade e o tempo de contribuição e reduzem o valor a ser pago aos aposentados.

Mas não é só aposentadoria. A reforma atinge todo o sistema de seguridade social que abrange previdência, assistência e a saúde e que garantem, além de aposentadoria por idade, por invalidez, por tempo de contribuição e aposentadoria especial, pensão por morte, auxílio-doença, auxílio-acidente, auxílio-reclusão, auxílio-maternidade e salário família.

Em abril de 2017, a classe trabalhadora barrou a proposta de reforma da Previdência do então presidente Michel Temer (MDB-SP) com mobilizações que culminaram na maior greve geral da história do país: mais de 45 milhões de trabalhadores cruzaram os braços. A proposta de Bolsonaro é ainda pior.

Empresas, as grandes devedoras

A reforma que Bolsonaro quer impor ao país mantém privilégios, ignora devedores e sonegadores e empobrece os trabalhadores O valor devido à Previdência Social é gigantesco.  Ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) são mais de R$ 490 bilhões em dívida corrente de um milhão de empresas, mas apenas R$ 160 bilhões são passíveis de recuperação. A maior parte desse valor é dos chamados grandes devedores: 4 mil empresas respondem por 60% do total da dívida ativa, segundo a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e o IEPrev (Instituto de Estudos Previdenciários).

A seguridade social é definida na Constituição Federal, no artigo 194, como um “conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social”. A brasileira que completou  96 anos dia 24 de janeiro de 2019

Em São Paulo, o Dia Nacional de Mobilização e Luta em Defesa da Reforma da Previdência começa às 8h - saída da passeata dos trabalhadores na Ford (portaria av. Taboão) e na Mercedes-Benz (portaria na Av. 31 de Março) rumo ao Largo Rudge Ramos, em SBC.

Às 9h30, tem ato no Largo Rudge Ramos, na Praça São João Batista, que fica na Avenida Senador  Vergueiro, 4.975, São Bernardo do Campo.

Às 10h, ainda no Largo Rudge Ramos, tem uma coletiva de imprensa dos presidentes das centrais sindicais.

Às 17h, tem ato na Avenida Paulista, em frente ao vão livre do Masp.

Confira aqui outros locais onde tem atos marcados no interior de SP e em todo o Brasil.