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Ninguém gosta de lambe-botas, diz Lula sobre relação de Bolsonaro com EUA

'O papel do Bolsonaro na relação com os Estados Unidos é uma coisa humilhante', afirma ex-presidente em entrevista exclusiva a Opera Mundi

Publicado: 23 Setembro, 2019 - 12h08 | Última modificação: 23 Setembro, 2019 - 12h35

Escrito por: Redação CUT

Reprodução/Vídeo
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Em entrevista exclusiva ao Opera Mundi, divulgada nesta segunda-feira (23), o ex-presidente Lula criticou a postura subserviente do presidente Jair Bolsonaro (PSL) em relação aos Estados Unidos. Disse que "é humilhante" e prejudica o próprio governo porque "ninguém gosta de lambe-botas". 

Lula também comentou a indicação do filho zero dois, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, para a embaixada em Washington, e outros temas temas internacionais, entre eles, a posição da esquerda após a queda do Muro de Berlim; a relação do Brasil com os EUA; a política externa do governo Bolsonaro; Mercosul; Alca e Foro de São Paulo na entrevista ao Opera Mundi gravada na quarta-feira (18), na sede da Polícia Federal em Curitiba, onde o petista é mantido preso político desde abril do ano passado.

"O papel do Bolsonaro na relação com os Estados Unidos é uma coisa humilhante. [...] Veja, é total subserviência. Isso não faz bem para o Brasil. não faz bem para o Bolsonaro, se você quer saber. Ninguém gosta de quem não se respeita, ninguém gosta de lambe-botas. Ninguém gosta de lambe-botas", repetiu.

Sobre a indicação de zero 02 para embaixada dos EUA, Lula afirmou que não considera o deputado preparado, mas que a responsabilidade pela aprovação é do Senado, que podem pedir para ele fritar mais do que um hambúrguer, se considerarem as aptidões do rapaz na cozinha uma credencial para o cargo.

"Eu, sinceramente, não vejo preparo político para que o filho de Bolsonaro seja essa pessoa. Bem, se ele quer arcar com as consequências, que arque. É o Senado que, em última hipótese vai investigar, vai pedir para ele fritar um hambúrguer lá dentro do Senado. Pede para ele assar uma linguiça, pede para ele fazer qualquer outra coisa, pois só hambúrguer não é credencial para alguém ser embaixador. Então, a responsabilidade republicana é do Senado", afirmou.

Confira a entrevista: