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No 4º dia da greve de fome pela liberdade de Lula, cuidado com a saúde aumenta

Há 4 dias ingerindo apenas água e soro, grevistas apresentaram aumento da ansiedade, insônia, desidratação e fadiga. Segundo boletim médico, o cuidado precisa ser mais rigoroso a partir de agora

Publicado: 03 Agosto, 2018 - 17h30 | Última modificação: 08 Agosto, 2018 - 17h58

Escrito por: Redação CUT

MPA
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Nesta sexta-feira (3), os seis militantes que estão em greve de fome por tempo indeterminado até que o Supremo Tribunal Federal (STF) vote em plenário os recursos que podem libertar Lula completam quatro dias sem consumir nenhum tipo de alimento, apenas água e soro.

A cada dia que passa, o cuidado com a saúde de Luiz Gonzaga (Gegê), Zonália Santos Rafaela Alves, Vilmar Pacífico, Frei Sérgio Görgen e Jaime Amorim precisa ser mais rigoroso, pois, além das dores de cabeça, foram diagnosticados ansiedade, insônia, desidratação e fadiga.

Segundo o médico que acompanha a greve, Dr. Ronald Wollf, os seis participantes apresentaram quadro de maior cansaço, dores de cabeça mais frequentes e alteração na pressão arterial.

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"Estamos monitorando isso. Todos perderam peso, entre 900g e 1,3kg, e alguns perderam massa das reservas de gordura. Quem tem pouca reserva, pode começar a perder parte da massa muscular e teremos de acompanhar o caso mais de perto”, explica o médico, que tem experiência de outras três greves de fome.

Um dos participantes apresentou poliúria, que é o aumento da frequência urinária e falta de sais minerais. Caso as alterações permaneçam, serão feitos exames laboratoriais mais complexos para ver se não há alterações renais

Frei Sérgio, que aos 62 anos está enfrentando sua segunda grande greve de fome, disse, ao iniciar o jejum, que se alguma coisa grave acontecer a qualquer um dos seis militantes, o responsável será o STF. "Se alguma coisa grave acontecer depois de alguns dias de jejum prolongado, já tem endereço certo: o Judiciário brasileiro”, afirmou na ocasião.

Organizadores da greve de fome

A greve de fome é organizada pelos movimentos que integram a Via Campesina Brasil e a ação faz parte da Jornada Nacional de Lutas em defesa da democracia e pela libertação do ex-presidente Lula.