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No 7º dia da guerra, Rússia intensifica bombardeiros e Ucrânia resiste

Tropas russas intensificaram bombardeios em torno de Kiev, capital da Ucrânia, e de Kharkiv, a segunda mais importante cidade do país

Publicado: 02 Março, 2022 - 13h59 | Última modificação: 02 Março, 2022 - 14h12

Escrito por: Redação CUT

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No sétimo dia da guerra, os militares russos que deram início aos ataques contra a Ucrânia obedecendo ordens do presidente Vladimir Putin na madrugada do dia 24, intensificaram, nesta quarta-feira (2) os bombardeios em torno de Kiev e de Kharkiv, as duas mais importantes cidades do país. Os ucranianos seguem resistindo e dificultando ou, pelo menos, atrasando a ocuapação russa.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou hoje, em um vídeo divulgado em seu canal do Telegram, que quase 6 mil russos morreram. "Isso sem contar as perdas da noite passada. Isso para que?", questionou.

Zelensky disse ainda que o mundo está se fechando para a Rússia, que "bens russos estão deixando as prateleiras das lojas ao redor do mundo. Bancos russos estão se desconectando do sistema global. Cidadãos russos estão perdendo suas poupanças, perdendo perspectivas. Mães russas estão perdendo seus filhos em um país estrangeiro".

De acordo com o presidente ucraniano, os russos seguem bombardeando as cidades do país, atingindo civis, população que é pacífica. 

Há relatos de que cidades, como a portuária de Kherson, no sul, foi tomada, embora autoridades ucranianas digam que seguem resistindo. A captura de Kherson é importante para o estabelecimento de uma rota naval para os militares russos.

A capital Kiev, por sua vez, segue sendo alvo de ataques do exército russo. Um comboio militar de dezenas de quilômetros cerca a cidade desde ontem, terça-feira (1º), quando uma torre de TV na cidade foi atingida por um míssil.

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Ataques em Kharkiv

Em Kharkiv, de acordo com o governo local, bombardeios russos mataram pelo menos 21 pessoas e feriram mais de 100 apenas, nas últimas 24 horas. Durante a madrugada, uma explosão foi registrada na sede do distrito policial da cidade, que é a segunda maior do país.

O prefeito de Kharkiv, Ihor Terekhov, disse que a cidade não vai se render às forças russas, e que os seus inimigos estariam atacando bairros residenciais.

Tomada de Kherson?

O porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov, disse, em declarações transmitidas pela televisão que "divisões russas das forças armadas assumiram o controle total do centro regional de Kherson".

"As negociações continuam com o comando russo e a administração local para resolver questões relacionadas à operação das instalações de infraestrutura social, bem como para garantir a ordem e a segurança da população", afirmou.

O lado ucraniano, contudo, nega. Oleksiy Arestovych, um assessor do presidente Volodymyr Zelensky, afirmou que os russos não haviam capturado a cidade, e que ainda há luta nas ruas de Kherson e também no porto. "A cidade não caiu, nosso lado continua a defendê-la", disse.

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Negociação?

Uma segunda rodada de negociações entre diplomatas da Rússia e da Ucrânia pode acontecer nesta quarta-feira (2). A informação é da agência de notícias russa Tass.

A agência citou um assessor do presidente Volodymyr Zelensky, Oleksiy Arestovych, que teria confirmado a retomada das negociações. Dmytro Kuleba, ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, havia dito mais cedo que o país dele está pronto para negociar com a Rússia. Já Moscou teria dito que não está claro se os ucranianos vão aparecer para a rodada de conversas.

Com informações da Agência Brasil e BdF