No 8º dia de guerra, tropas russas avançam e atingem áreas civis da Ucrânia
Além da invasão de cidades portuárias, há relatos de destruição e reação ao avanço das tropas de Valdimin Putin na região de Kiev, a capital ucraniana
Publicado: 03 Março, 2022 - 09h06 | Última modificação: 03 Março, 2022 - 10h46
Escrito por: Redação CUT
No oitavo dia de guerra contra a Ucrânia, as tropas russas avançaram e atingiram áreas civis em várias cidades estratégicas do país. Nesta quarta-feira (2) os russos tomaram a cidade de Kherson e, nesta quinta (3), invadiram as cidades portuárias de Odessa e Mariupol, que segundo o prefeito Vadim Boichenko, está "sem energia elétrica, sem água, sem calefação".
No mesmo dia em que se espera uma nova rodada de negociações para acabar com a guerrra, há relatos de destruição e reação ao avanço das tropas de Valdimin Putin na região de Kiev, a capital ucraniana, que começou a ser bombardeada durante a madrugada. Apesar de dizer que "a situação na cidade é difícil, mas controlada", a prefeitura de Kiev e autoridades locais divulgaram mensagens pedindo para os cidadãos não irem à cidade sem uma necessidade urgente.
Uma equipe da rede de TV americana CBS News foi surpreendida por duas fortes explosões, em Kiev, quando encerrava uma entrada ao vivo.
Biggest blasts we've ever seen, just as we were coming off air tonight in #Kyiv #cbsnews @charliecbs @cbsnews pic.twitter.com/leIfTrdnXx
— Justine Redman (@redmanjustine) March 3, 2022
Segundo o Ministério do Interior da Ucrânia, as explosões foram provocadas hoje por ataques aéreos da Rússia, perto da estação ferroviária. O prédio resistiu, com pequenos danos. Ainda de acordo com o ministério, a explosão pode deixar a cidade sem aquecimento por ter atingido uma grande tubulação de aquecimento nas proximidades.
O que querem Rússia e Ucrânia
A Ucrânia descarta uma rendição e exige um cessar-fogo, assim como a retirada das forças invasoras de seu território. A Rússia exige o reconhecimento da Crimeia, anexada por Putin em 2014, como território russo, assim como a "desmilitarização do Estado ucraniano”.
Um milhão de refugiados
"Mais de dois milhões de pessoas foram forçadas a fugir de suas casas, um milhão ainda dentro da Ucrânia. Mais 1.040.000 refugiados procuraram segurança nos países vizinhos nos últimos sete dias", disse a alta comissária da ONU para Direitos Humanos, Michelle Bachelet, ao abrir o debate nesta quinta-feira (3), segundo o colunista do UOL, Jamil Chade.
Países ccontabilizam mortos na guerra
A Rússia reconhece ter perdido cerca de 500 soldados no conflito, número menor do que os quase 9.000 russos mortos contabilizados pelos ucranianos. A Ucrânia diz ter perdido mais de 2.800 de seus soldados.