Escrito por: Bruna Provazi
Coletivo Nacional de Meio Ambiente vai discutir eleições municipais e participação social frente à emergência climática
Hoje, 5 de setembro, é comemorado nacionalmente o Dia da Amazônia. Em diversos estados do Brasil estão agendadas manifestações com o objetivo de alertar a população sobre o grave momento de crise climática atual. Para além dessas ações, o Coletivo Nacional de Meio Ambiente da CUT convocou uma reunião online para debater o tema. A expectativa com este encontro é definir uma agenda de ações conjuntas das CUTs estaduais frente às eleições municipais e para a Conferência Nacional de Meio Ambiente, no segundo semestre.
Instituída em 2007, em referência à criação da Província do Amazonas, a data tem sido usada para provocar reflexões acerca da necessidade de preservação de uma das regiões do mundo mais ricas em biodiversidades. Diante do cenário atual de emergência ambiental e climática, a conscientização do povo brasileiro se torna ainda mais urgente.
Apesar de o país ter retomado o controle e fiscalização ambiental pelos órgãos competentes, a crise do clima tem se agravado nos últimos anos. Prova disso são os deslizamentos no litoral de São Paulo, as enchentes no Rio Grande do Sul, as ondas de calor no Rio de Janeiro, e agora, a pior seca já registrada na bacia Amazônica, além da fumaça causada pelas queimadas, que já se espalha por mais de 9 estados. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em agosto de 2024 foram registrados 38.266 focos de queimada na Amazônia, o maior número desde 2005.
Segundo Rosalina Amorim, Secretária de Meio Ambiente da CUT "no Dia da Amazônia, o Coletivo Nacional de Meio Ambiente estará reunido para discutir temas que são centrais para a classe trabalhadora: as eleições municipais e a participação social frente à crise climática. Todos temos interesse na proteção da maior floresta tropical do planeta, mas para isso é preciso um modelo de desenvolvimento e investimentos em que o acesso a direitos e à informação seja central. A atuação do Estado é necessária, junto com a participação social da pluralidade dos povos que compõem a Amazônia”.