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No dia do professor, reitoria da Uesb homenageia professora agredida

Marília foi agredida porque estava acompanhada de pessoas com adesivos de um candidato a presidente. Em nota, reitoria da Ueb diz que lugar de professor é também nas ruas, defendendo direitos e cidadania

Publicado: 15 Outubro, 2018 - 19h00

Escrito por: Redação CUT

Reprodução
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Neste dia 15 de outubro, Dia do Professor, a reitoria da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) divulgou nota homenageando a professora Marília Flores Seixas de Oliveira, alvo de violentas agressões verbais e físicas apenas porque estava acompanhada de duas pessoas que usavam adesivos de apoio a um candidato à presidência da República.

“Lembramos que, como dizem, lugar de professor é na sala de aula. Mas lugar de professor é também no laboratório, nos comitês de pesquisa, de extensão, de ensino; nos grupos de pesquisa; nas coordenações de curso; nas reuniões com os estudantes e com os servidores técnicos; nas direções dos departamentos, nas plenárias debatendo e discutindo os caminhos da universidade pública”, diz trecho da nota.

Lugar de professor é também nas ruas, defendendo seus direitos de cidadania e defendendo os direitos de todos à cidadania
- Reitoria da Uesb

“Na Uesb, lugar de professor é na sala de aula e em todo lugar em que se produz saberes em nome da utopia de um mundo melhor. Lugar de professor é lugar do presente e do futuro. Da realidade e do sonho. Do saber e do fazer”, diz a reitoria, que complementa: Por isso, nossas homenagens aos professores e professoras da Uesb, e, em especial, à professora Marília Flores Seixas de Oliveira.

Na nota, a reitoria critica a discriminação e atitudes antidemocráticas e discriminatórias e diz que “se permite, também, defender para a sociedade projetos de organização coletiva baseados na valorização da diversidade, da dignidade e da humanidade”.

Segundo a nota, a agressão sofrida pela professora já foi alvo de manifestações de repúdio por parte da direção do Departamento de Filosofia e Ciências Humanas (DFCH) e da Associação dos Docentes da Uesb (Adusb).

E, da mesma forma que essas entidades, segue o texto da nota, “a Reitoria da Universidade entende que não podemos aceitar como normais movimentos e atitudes que recorrem à agressão e à violência para silenciar os diferentes – diferentes por suas convicções políticas, por sua cor, por sua origem social, por sua orientação sexual, por seu gênero, por sua identidade étnica”.

Marília Flores Seixas de Oliveira é professora do Departamento de Filosofia e Ciências Humanas da Uesb, doutora em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília e, atualmente, desenvolve curso de pós-doutorado junto à Universidade Federal da Bahia. É professora de diferentes disciplinas vinculadas à área de Antropologia Cultural e docente permanente do Programa de Mestrado em Letras: Cultura: Educação e Linguagem. Foi orientadora de – e continua orientando – dezenas de trabalhos de iniciação científica, de monografias, de especialização e de dissertações de mestrado em nossa Universidade.