Escrito por: Luciana Waclawovsky

No exterior, Temer celebra subemprego

A semana na Assembleia na ONU contou ainda com uma mentira sobre desmatamento da Amazônia

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A mais recente infeliz declaração do ilegítimo e golpista Michel Temer (PMDB-SP), foi dada a uma agência internacional de notícias por ocasião de participação na 72ª Assembleia Geral da ONU, na semana de 18 a 22 de setembro, na sede geral do organismo em Nova York. Questionado por um repórter sobre uma ilusória recuperação da economia, o presidente sem voto comemorou o aumento do trabalho informal e exaltou a criação de empregos sem carteira assinada no Brasil.

Para o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, só um lunático consegue festejar a geração de empregos informais. “Isso significa que milhares de trabalhadores estão sendo jogados no mercado sem qualquer proteção trabalhista, sem FGTS, sem aviso prévio e sem INSS, uma verdadeira festa para o patronato e a legalização do bico”, avaliou o dirigente. Freitas se disse perplexo diante de tal declaração que deveria ser, na verdade, uma vergonha para qualquer líder mundial.

Segundo a última pesquisa ampliada da Pnad Contínua – Pesquisa Nacional por Amostra de Dados do IBGE – divulgada em 17 de agosto, o desemprego hoje atinge 13,5 milhões de pessoas em todo o Brasil. O maior contingente de trabalhadores afetados vive na região Nordeste, onde 3,9 milhões estão sem trabalho.

Além da comemoração descabida do ex-vice decorativo nesta viagem que teve como pano de fundo vender o Brasil aos investidores internacionais, ao falar sobre desmatamento da Amazônia, na abertura oficial do encontro internacional que reúne líderes dos 193 Estados membros das Nações Unidas, Temer apresentou números falsos e dados manipulados sobre desmatamento da Amazônia. Ele foi desmentido por representantes de mais de 150 organizações da sociedade civil que exigem a divulgação de documentos de órgãos oficiais para confirmar o discurso do golpista.

Sanha privatista

Um dos principais objetivos da ida dos representantes do governo ilegítimo à Nova York foi apresentar ao mercado financeiro internacional programa que pretende vender 57 importantes e estratégicas empresas estatais brasileiras.

Para impedir essa gestão de privatizar parte da Petrobrás, todo o sistema Eletrobrás e a Casa da Moeda, entre outros, a CUT apoia e participa do Dia de Luta pela Soberania que acontecerá no dia 03 de outubro no Rio de Janeiro. A data é representativa pois a Petrobrás, principal empresa estatal do país e orgulho dos brasileiros, completa 64 anos de existência e resistência.