Escrito por: Luiz Carvalho

PA, SC e DF saem em defesa das estatais e contra reforma

Em Belém, Florianópolis e na capital federal, movimentos sociais dialogam com a população

CUT-PA
No Pará, houve coleta de assinaturas para projeto de revogação da reforma

Em Santa Catarina, em frente à Eletrosul, também houve mobilização (Foto: CUT-SC)O sol e a temperatura de 32 graus não foram empecilhos para a CUT e aliados dos movimentos sindical e sociais irem às ruas desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira (3) em Belém (PA).

Na capital paraense, o ato em defesa das estatais nos moldes do que ocorre no Rio de Janeiro e em outras capitais do país, acontece no Mercado Ver-o-peso, a maior feira aberta da América Latina.

Às vésperas do Círio de Nazaré, manifestação religiosa que atrai milhares de turistas para o estado, a Central promoveu panfletagens contra a venda das estatais, em especial a Eletronorte, ao mesmo tempo em que lançou a coleta de assinaturas para um projeto de lei de iniciativa popular que revogue a Reforma Trabalhista.

Secretária de Comunicação da CUT-PA, Vera Paoloni, aponta que muitas pessoas ainda se surpreendem com os prejuízos que as medidas propostas por Temer trarão para a classe trabalhadora.

“A grande maioria das pessoas que abordamos é contra o Temer e muitos desconhecem que vão perder a carteira assinada, que vão receber por hora trabalha, que será o fim das férias, 13º, carteira assinada. Tem sido muito bom esse diálogo e temos coletado assinatura até de pessoas de outros estados que chegam para ver o Círio. Amanhã (5) vamos repetir essa mobilização em frente ao Tribunal Regional do Trabalho”, destaca.

Santa Catarina

Em Florianópolis (SC), a CUT e parceiros dos movimentos sindical e sociais se reuniram diante da Eletrosul para dialogar com a população. A manifestação promoveu um abraço simbólico na empresa. Ao meio-dia, as lideranças sindicais correram o terminal urbana para uma panfletagem e nesta quarta-feira (4) acontecerá uma audiência pública na Assembleia Legislativa do estado.

“Aos poucos as pessoas tem se tornado mais receptivas e sentimos que estamos conseguindo fazer com que as pessoas entendam o prejuízo que as privatizações e a Reforma Trabalhista causam ao país.”

Há ainda atos mobilização em São Paulo, diante da sede da Eletrobrás, e em Brasília, onde os Correios em greve cobram 8% de reajuste, o fim da tentativa de retirada de direitos pela direção da companhia e repudiam a proposta de privatização pelo governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB).