No RS, nem o frio impediu que trabalhadores dessem um basta ao retrocesso
Várias agências do estado amanheceram de portas fechadas e só abriram depois das 11h. Trabalhadores e trabalhadoras de todas as categorias participaram de atos no centro da capital gaúcha
Publicado: 10 Agosto, 2018 - 13h33 | Última modificação: 10 Agosto, 2018 - 14h25
Escrito por: Redação CUT
Nem a temperatura de oito graus e o vento frio, que diminuía ainda mais a sensação térmica, desanimaram as três mil pessoas que participaram do Dia do Basta, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
Algumas agências bancárias do centro da cidade ficaram fechadas até às 11h da manhã. Às sete da manhã categorias, como bancários, professores e servidores públicos estaduais e municipais, com apoio de dirigentes da CUT e demais centrais sindicais, se concentraram em frente ao prédio da Federação do Comércio (Fecomércio), no centro da cidade, onde realizaram um ato em defesa dos direitos do trabalhadores.
Após o ato, os manifestantes se dirigiram até a sede o Palácio Piratini, sede do governo do estado, onde receberam o apoio da população contra o desmonte das empresas públicas.
O Dia do Basta em Porto Alegre terminou ao meio dia com os manifestantes em frente à sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT4), pedindo a retomada dos direitos trabalhistas e sociais retirados pelo governo ilegítimo e golpista de Michel Temer (MDB-SP).
Liminar garantiu direito à manifestação
O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (PSDB), instituiu uma lei em que qualquer manifestação terá de ter autorização da prefeitura. Até a véspera desta sexta-feira (10), ele não atinha autorizado o ato.
O dia do Basta em Porto Alegre só ocorreu porque a Justiça concedeu uma liminar a pedido das centrais sindicais para ter direito à utilização do carro de som e à livre manifestação.