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Cotas Raciais na USP são uma conquista, mas a luta continua

USP reservará metade de suas vagas para estudantes negros já no vestibular de 2018

Publicado: 05 Julho, 2017 - 16h49 | Última modificação: 06 Julho, 2017 - 18h39

Escrito por: CUT Nacional

CUT Nacional
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A CUT (Central única dos Trabalhadores) celebra junto aos militantes, estudantes, intelectuais e ao movimento negro a implantação das cotas raciais na USP (Universidade de São Paulo), aprovada nesta terça-feira (04) pelo Conselho Universitário da Universidade d?e São Paulo. A sessão durou mais de seis horas e, pela primeira vez na história, a USP reservará metade de suas vagas para estudantes negros e negras já no vestibular de 2018.

Essa conquista é resultado de longo trabalho, esforço e resistência dos movimentos negros, e a CUT sempre esteve nessa discussão de implantação de políticas afirmativas para essa população como reparação histórica.

Num momento de desmonte na educação promovido por um governo usurpador de direitos, é importante essa vitória. Entretanto, a luta por universidade pública de qualidade e mais democrática continua.

É preciso, também, acompanhar quais serão os mecanismos de controle social e como as cotas raciais serão implantadas na USP, pois o racismo sempre cria barreiras que criam o mito da “meritocracia”. Assim como a USP, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) aprovou, por unanimidade, no mês de maio, a inclusão de cotas raciais para negros, pardos e indígenas.

A discussão sobre as cotas não termina e o combate ao racismo institucional das universidades continua.

 

Secretaria-Geral da CUT

Secretaria Nacional de Combate ao Racismo da CUT