Escrito por: CUT NACIONAL

Nota da CUT sobre 29 de janeiro - Dia Nacional da Visibilidade Trans

No dia da visibilidade trans, a CUT anuncia a sua participação no projeto PRIDE “Promovendo Direitos, Diversidade e Igualdade no mundo do Trabalho”, uma parceria com a OIT

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A Central Única dos Trabalhadores (CUT) expressa o seu compromisso na luta pela dignidade, trabalho decente e defesa da vida das pessoas travestis, transexuais e transgêneros.

No Brasil, vergonhosamente seguimos como o país que mais mata pessoas trans no mundo pelo 13º ano consecutivo (TGEU/2021). A pandemia agravou a situação de violência, com um total de 175 casos de assassinatos contra travestis e mulheres trans no ano de 2020.

Somente em 2021 foram 140 assassinatos, sendo 135 travestis e mulheres transsexuais, e cinco casos de homens trans e pessoas transmasculinas. Está nítido que com o governo de Jair Bolsonaro (PL) a situação de intolerância e violência aumentou substancialmente, com os assassinatos do ano de 2021 aumentando em 141% em relação a 2008, segundo os dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra).

O direito ao trabalho decente – que segundo definição da Organização Mundial do Trabalho (OIT) consiste em um “trabalho adequadamente remunerado, exercido em condições de liberdade, equidade e segurança, capaz de garantir uma vida digna” – é um direito humano e deve ser assegurado a todas as pessoas. Portanto, do mesmo modo que a CUT combate a ofensiva neofascista e neoliberal contra a soberania nacional, as liberdades democráticas e os direitos sociais e trabalhistas do conjunto da classe trabalhadora, combatemos também a onda conservadora que a acompanha e estimula, disseminando a violência transfóbica e agravando ainda mais as condições de vida da população LGBTI, em especial das travestis, transexuais e transgêneros.

Nesse dia da visibilidade trans, a CUT anuncia a sua participação no projeto PRIDE “Promovendo Direitos, Diversidade e Igualdade no mundo do Trabalho”, uma parceria com a OIT.

Por fim, a CUT dá continuidade na sua agenda de lutas à defesa intransigente da pauta LGBTI em todas as dimensões dos direitos humanos.

Direção Executiva Nacional da CUT