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Novo Bolsa Família começa a ser pago dia 20 com valor extra para as famílias maiores

Lançado oficialmente nesta quinta-feira (2), o novo Bolsa Família vai pagar R$ 600 por família, mais R$ 150 por criança de até seis anos e mais R$ 50 por integrantes com idades de 7 a 18 anos 

Publicado: 02 Março, 2023 - 15h04 | Última modificação: 02 Março, 2023 - 15h10

Escrito por: Redação CUT | Editado por: Rosely Rocha

Reprodução
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O presidente Lula cumpriu sua promessa de campanha e oficializou o valor do novo Bolsa Família em R$ 600, assinando nesta quinta-feira (2), a Medida Provisória (MP), que recria o programa. Os pagamentos têm início no dia 20 deste mês.

Para corrigir distorções em que uma única pessoa recebia os R$ 600 e outras famílias com maior número de integrantes também tinha direito ao mesmo valor, o governo vai pagar mais R$ 150 por criança de até seis anos, para dar atenção especial à Primeira Infância. Um segundo benefício, chamado Benefício Variável Familiar, prevê um adicional de R$ 50 para cada integrante da família com idade entre sete e 18 anos incompletos e para gestantes.

O valor da renda mínima para entrar no programa subiu de R$ 210 para R$ 218 – uma ampliação da faixa de pobreza em 3,81%.  Com isso cerca de 700 mil novas famílias poderão se integrar ao programa. A previsão é zerar a fila até o fim deste ano.

Cálculos do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social indicam que, em média, o novo Bolsa Família atenderá cerca de 20,8 milhões de residências neste ano, com investimentos previsto de até R$ 175 bilhões. Em contrapartida, benefícios com suspeitas de fraudes serão cancelados.

Proteção para quem sair do programa e precisa voltar

Duas novas proteções foram anunciadas. Se a família melhorar de vida com um emprego com carteira assinada e a renda dela aumentar até meio salário mínimo por integrante (R$ 651), a família pode permanecer no programa por até 24 meses, recebendo 50% do valor do benefício. O valor de 50% da regra de proteção será aplicado a partir de junho de 2023. O objetivo é estimular o emprego e a carteira assinada.

Segundo o ministro do Desenvolvimento Social (MDS), Wellington Dias, esta é uma forma para que as pessoas nesta situação não tenham receio de perder o benefício definitivamente.

“Se alguém está no Bolsa Família e consegue um emprego com carteira assinada, nós somos comunicados e examinamos essa renda. Se ela ultrapassar o per capita de meio salário mínimo, somos comunicados pelo sistema de emprego e a pessoa sai do Bolsa Família, mas não sai do Cadastro Único", explica o ministro Wellington Dias.

Outra novidade é a se famílias que se desligarem voluntariamente do programa ou perderem renda e precisarem voltar terão prioridade no retorno.

Cartão de débito

A presidenta da Caixa Econômica Federal (CEF), Rita Serrano anunciou que todos os cartões do Bolsa Família se tornarão cartões de débito.

Atualização do Cadastro Único

O Governo Federal tem trabalhado na revisão do Cadastro Único para identificar possíveis irregularidades e garantir que o benefício chegue a quem realmente tem direito. A pactuação com a rede do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e a transferência de recursos via cofinanciamento também são fundamentais para o trabalho de busca ativa das famílias que mais precisam e que ainda estão fora do programa.

Fiscalização

Além de um Cadastro Único atualizado, mais rigoroso e eficiente, estamos trazendo, na Medida Provisória, a coordenação de fiscalização pública”

O MDS vai pactuar a organização da rede do SUAS com o Ministério Público Federal (MPF), o Tribunal de Contas da União (TCU), a Controladoria-Geral da União (CGU) e outros órgãos de controle, integrado com conselhos, entidades sociais, estados e municípios, para garantir a fiscalização do Cadastro Único e do Bolsa Família.

“Além de um Cadastro Único atualizado, mais rigoroso e eficiente, estamos trazendo, na Medida Provisória, a coordenação de fiscalização pública”, detalha Wellington Dias.

Confira aqui a cartilha do novo Bolsa Família.

 Com informações do MDS.