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‘Novo ministro da Educação tem visão ultrapassada’, afirma professora Bebel

“As pautas como Escola Sem Partido devem voltar ao MEC. Ele tem uma visão de educação que passa pela punição”, critica a deputada

Publicado: 13 Julho, 2020 - 12h57 | Última modificação: 13 Julho, 2020 - 13h01

Escrito por: Redação RBA

Reprodução
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O pastor presbiteriano e novo ministro da Educação, Milton Ribeiro, possui uma visão ultrapassada do processo educacional. Na avaliação da deputada estadual e presidente da Apeoesp (o sindicato dos professores da rede pública paulista), Maria Izabel Noronha, a Bebel (PT-SP), a educação volta a correr novos riscos.

“É um ultraconservador. As pautas como Escola Sem Partido devem voltar ao MEC. Ele tem uma visão de educação que passa pela punição, o que é ultrapassado. Em breve, haverá a votação do Fundeb permanente, e esse ministro tem resistência sobre essa questão”, criticou a deputada à Rádio Brasil Atual.

No culto, o novo ministro da educação explica que “um tapa de um homem ou uma cintada de uma mulher podem ser muito mais fortes que uma criança pode suportar”. Em seguida, acrescenta: “Não estou aqui dando uma aula de espancamento infantil, mas a vara da disciplina não pode ser afastada da nossa casa”.

Fundeb

A proposta de emenda à Constituição (PEC) do novo Fundo de Financiamento da Educação Básica (Fundeb) deve ser votada ainda nesta semana. Com relatoria da deputada Dorinha Seabra (DEM-TO), o projeto é defendido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).

De acordo com Bebel, o projeto precisa ser aprovado neste ano para que as novas gerações não sejam afetadas pelo sucateamento promovido pelo governo de Jair Bolsonaro. Entre as principais medidas, a PEC tornará o fundo permanente.

“A permanência do fundo tem muitos pontos importantes, o aumento do repasse da União que vai de 10% para 20%, em seis anos. Ele também implanta o custo aluno-qualidade, que começou a ser debatido no governo Lula ainda”, acrescenta Bebel.