Escrito por: Redação RBA
“As pautas como Escola Sem Partido devem voltar ao MEC. Ele tem uma visão de educação que passa pela punição”, critica a deputada
O pastor presbiteriano e novo ministro da Educação, Milton Ribeiro, possui uma visão ultrapassada do processo educacional. Na avaliação da deputada estadual e presidente da Apeoesp (o sindicato dos professores da rede pública paulista), Maria Izabel Noronha, a Bebel (PT-SP), a educação volta a correr novos riscos.
“É um ultraconservador. As pautas como Escola Sem Partido devem voltar ao MEC. Ele tem uma visão de educação que passa pela punição, o que é ultrapassado. Em breve, haverá a votação do Fundeb permanente, e esse ministro tem resistência sobre essa questão”, criticou a deputada à Rádio Brasil Atual.
No culto, o novo ministro da educação explica que “um tapa de um homem ou uma cintada de uma mulher podem ser muito mais fortes que uma criança pode suportar”. Em seguida, acrescenta: “Não estou aqui dando uma aula de espancamento infantil, mas a vara da disciplina não pode ser afastada da nossa casa”.
Fundeb
A proposta de emenda à Constituição (PEC) do novo Fundo de Financiamento da Educação Básica (Fundeb) deve ser votada ainda nesta semana. Com relatoria da deputada Dorinha Seabra (DEM-TO), o projeto é defendido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).
De acordo com Bebel, o projeto precisa ser aprovado neste ano para que as novas gerações não sejam afetadas pelo sucateamento promovido pelo governo de Jair Bolsonaro. Entre as principais medidas, a PEC tornará o fundo permanente.
“A permanência do fundo tem muitos pontos importantes, o aumento do repasse da União que vai de 10% para 20%, em seis anos. Ele também implanta o custo aluno-qualidade, que começou a ser debatido no governo Lula ainda”, acrescenta Bebel.