Em matéria publicada no sábado, 18, o jornal norte-americano The New York Times afirmou que "um milhão e 500 mil crianças vivem nas ruas dos EUA este ano e dezenas de milhares delas caíram nas redes do negócio do sexo para sobreviver". Ao invés de receber apoio do Estado, a "maioria é processada pelas autoridades como delinqüentes".
"Estas crianças maltratadas teriam condições muito melhores de desenvolver suas vidas se o país deixasse de tratá-las como delinqüentes e começasse a enxergá-las como as vítimas que realmente são", afirma a matéria.
De acordo com dados do governo federal, o diário descreve que a média de idade das meninas que exercem a prostituição em solo norte-americano está entre 11 e 14 anos. "Muitas delas foram abandonadas por suas famílias, que nunca relataram seu desaparecimento", descreve o jornal.
Segundo o NYT, o Congresso deveria revisar a Lei de Proteção das Vítimas do Tráfico (humano) para conceder às crianças nos EUA as mesmas garantias que são concedidas em casos similares em outras partes do mundo.
Um recente estudo da Escola de Leis da Universidade Emory revelou que quase todos os Estados do país permitem o encarceramento das crianças por prostituição. "Os crimes reais nestes casos são cometidos pelos adultos, que levam as crianças a vender seus corpos", afirma o jornal depois de dizer que o país necessita de recursos para o tratamento e a educação dessas crianças, "sua única esperança para uma vida digna".