"O Brasil não está lascado, é esse governo que está lascando o Brasil", diz Lula
Frase foi para Gil do Vigor, durante evento com influenciadores digitais. Lula foi convidado para debater saídas para o agravamento dos problemas sociais
Publicado: 02 Setembro, 2021 - 16h33 | Última modificação: 02 Setembro, 2021 - 16h41
Escrito por: Redação BdF
O ex-presidente Lula (PT) foi convidado para debater soluções para a crise econômica brasileira no programa “Triangulando”, veiculado na noite desta quarta-feira (1º) pelas redes sociais da médica e influenciadora digital Thelma Assis, a Thelminha, ganhadora do programa Big Brother Brasil (BBB) do ano passado.
“Para governar é preciso definir prioridades. Você tem que priorizar os mais pobres. E o que está acontecendo hoje é que os mais pobres foram esquecidos”, afirmou Lula, após Thelminha apresentar dados sobre a desigualdade social do país.
Também participaram da transmissão a cantora Linn da Quebrada, o fundador da Central Única das Favelas, Celso Athayde, e o participante da edição de 2021 do BBB e economista Gil do Vigor.
Ao criticar a política econômica do governo Jair Bolsonaro (x-PSL), Lula brincou com o conhecido bordão do ex-BBB: “o Brasil ‘tá’ lascado”.
“O Brasil não está lascado. É esse governo que está lascando o Brasil”, afirmou o ex-presidente, em tom bem-humorado, a Gil do Vigor.
O economista ressaltou a importância da educação para superar a desigualdade social. “Eu sou um exemplo. Eu vim de escola pública, consegui acesso à escola pública através do sistema de cotas. E cota não é esmola”, declarou.
Linn da Quebrada falou sobre os obstáculos na busca pela melhora de condições de vida para quem vive nas periferias.
“Acredito que o mundo seja um dos maiores obstáculos, com suas estruturas estruturantes e paralisantes”, afirmou a artista, que cresceu na Fazenda da Juta, em São Paulo.
Ex-morador de rua, Celso Athayde relatou como é sentir na pele a marginalização decorrente da desigualdade social.
“Quem mora em favela, em periferia, sempre foi isolado socialmente. Essa expressão pode ser nova, mas para essas pessoas não é nova”, denunciou.
Na conversa, Gil se utilizou como um exemplo de como a política de inclusão da população no ensino superior dos governos petistas rendeu frutos ao país.
“Eu vim de escola pública e hoje eu estou no PhD. Isso não seria possível se alguém não tivesse entendido a importância de trazer o pobre para onde ele está”, finalizou.
Thelminha citou o programa "Universidade para Todos" como sua porta de entrada à universidade.
"Se hoje eu estou aqui de frente para o senhor, olhando para o seu olho, é porque eu recebi de alguma forma uma oportunidade lá atrás", afirmou se dirigindo ao ex-presidente.